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secao 4!

Táxi - São Paulo

uma proposta para a mobilidade urbana

Débora Zanini Liberato da Costa

Carlos Alberto Inácio Alexandre

Projeto de um veículo automóvel de finalidade única - o Táxi

Funcionando hoje com veículos comuns, esse meio de transporte carece de maior funcionalidade e acessibilidade, especialmente no contexto dos grandes centros urbanos. Como estudo de caso escolheu-se a cidade de São Paulo, com seu trânsito caótico, suas ruas imprevisíveis e seu público diversificado. A cidade, que já conta com uma frota de 5,4 milhões de automóveis (cerca de 1 para cada 2,5 habitantes)[1] enfrenta problemas cada vez maiores de tráfego, manutenção de vias sempre insuficiente e deficiência de vagas de estacionamento.

A situação dos transportes e do trânsito em grandes cidades como São Paulo deve ser discutida e pode ser melhorada. Uma vez que o aumento da frota de veículos particulares caminha para o insustentável, justifica-se aqui a busca de uma nova configuração de transporte urbano - com mais prestação de serviço e menos propriedade. Nesse contexto, o táxi pode preencher as lacunas do transporte público de massa, oferecendo um serviço coletivo adaptado às necessidades de cada indivíduo. Econômico em termos de espaço e energia (por só circular quando é utilizado), o táxi apresenta-se como uma potencial solução para o problema da mobilidade urbana.

O projeto do Táxi - São Paulo procura contribuir a esse serviço urbano através da proposição de um veículo específico para sua função definida: o transporte a pedido e de número limitado de passageiros. Nesse contexto, buscou-se uma proposta que permitisse garantir aos usuários acesso franco e universal, conforto, segurança, flexibilidade quanto ao número de passageiros e facilidade em alojar bagagens. Ao mesmo tempo, procurou-se garantir ao motorista facilidade de manejo e de controle do serviço e conforto ergonômico como ferramenta de trabalho, em um veículo de manutenção simples e pouco custosa.

É importante ressaltar também que trata-se de um veículo urbano, e portanto faz-se necessário agilidade no trânsito, resistência e durabilidade - com dimensões compactas e uso racional do espaço. Questões ambientais e de sustentabilidade também devem ser consideradas. Para isso, o projeto do Táxi - São Paulo investigou diversos tipos de motores e combustíveis, optando por uma solução de baixo impacto ambiental aplicável à realidade brasileira.

O Táxi - São Paulo, portanto, não se propõe a ser uma proposta inovadora no campo do design automobilístico, mas reserva-se a uma proposição de desenho interno de um automóvel de finalidade específica. Suas soluções são, portanto, uma junção de elementos já existentes hoje no mercado automobilístico, em uma tentativa de contribuir à funcionalidade desse serviço urbano.

O Projeto

O Táxi - São Paulo deverá ser um veículo do tipo monovolume, com acessibilidade universal e flexibilidade de arranjos internos para melhor adaptar-se à sua função específica de transporte de passageiros. Será também um veículo tricombustível, buscando assim uma solução de baixo impacto ambiental.

a. Dimensões gerais

Comprimento total: 3,60 m.
reduzido para facilitar manobras e estacionamento. Comparável ao comprimento do Honda Fit (3,83 m) ou do Volkswagen Fox (3,80 m).

Distância entre eixos: 2,70 m
nem grande demais, para não prejudicar a agilidade no trânsito e em manobras; mas também não pequena demais, para o aproveitamento máximo da zona de conforto entre eixos.

Altura total: 1,75 m
em se tratando de um veículo urbano, o desempenho em altas velocidades não é tão importante. Por isso é um veículo bem alto, para abrigar com conforto e permitir ao motorista dirigir em posição ereta. Altura comparável ao Fiat Idea (1,68 m).

Largura total: 1,80 m
grande, para garantir maior conforto interno. Comparável ao Chevrolet Meriva (1,94 m) ou ao Mercedes Classe A (1,97 m).

Altura livre do solo: 0,22 m
para permitir fácil passagem por lombadas e obstáculos.

b. Pneus e rodas

pneus 185/60 R14"
perfil um pouco mais alto, para permitir transitar com conforto sobre calçamentos irregulares, mas ainda em um pneu de baixo custo de reposição.

c. Estrutura

monobloco, em chapa de aço estampada, como os veículos comuns existentes no mercado.

d. Motor e transmissão

motor 1.6, tricombustível (flex + GNV). Posição transversal dianteira, econômico, com baixa emissão de poluentes e desempenho suficiente para um veículo urbano.
câmbio de 5 marchas manual ou Tiptronic (automático ou manual), com diferencial curto para permitir aceleração rápida e elasticidade no trânsito.

e. Habitáculo

Bicompartimentado, com porta e cabina independentes para o motorista. O compartimento principal poderá acomodar até 4 passageiros com bagagem (sendo o 4º em banco escamoteável, uma vez que 90% dos táxis levam de 1 a 3 passageiros, e destes 90% a grande maioria é de 1 passageiro por viagem). Possui piso plano, porta deslizante e rampa, e é acessível à cadeira de rodas. Com grande área de vidro para garantir boa visibilidade.

f. Letreiro eletrônico

localizado na parte superior esquerda do pára-brisa, à frente do compartimento de bagagens. Poderá transmitir não só a disponibilidade do táxi, mas também sinais como de emergência ou até seu destino.

g. Compartimento de serviço

Acessível por porta traseira, deverá abrigar o estepe e o cilindro de GNV. Poderá transportar pequenas cargas, kit de mecânica e de primeiros socorros.

h. Suspensão

A suspensão traseira deverá ser alta, pensada em função do peso do cilindro de GNV.

i. Tecnologia e conforto

Dada sua função específica e os recentes avanços da indústria da tecnologia, cabe aqui sugerirmos uma série de itens acessórios que o veículo poderá conter. Seguem alguns exemplos:

- acesso à internet, para permitir ao passageiro conectar-se durante a corrida.
- controles independentes de ar condicionado e som nos compartimentos de passageiros e motorista.
- console de teto com DVD
- GPS
- sistema de bluetooth
- a rampa e a porta deslizante poderão ser automáticas, acionadas por motor elétrico.
- equipamentos de cartão de crédito sem fio, e etc.

notas


  1. Dados extraídos do Anuário Estatístico do Estado de São Paulo, SEADE, 2005. http://www.seade.gov.br

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