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secao 4!

Hotel de Negócios na Avenida Paulista

 

Thais Lueko Takase

Antonio Carlos Sant'anna Junior

INTRODUÇÃO

A proposta de construir um hotel de negócios na Avenida Paulista fundamenta-se no fato desta região ser um importante centro econômico, financeiro e cultural da cidade de São Paulo.

Nesta região estão instalados escritórios de grandes empresas e instituições financeiras de grande representatividade no cenário de negócios do Brasil. Na região também encontramos a Fundação Getulio Vargas, procurada pelos cursos superiores e de pós-graduação.

A efervescência cultural dessa região está representada por espaços como o MASP, Museu de Arte de São Paulo, o Itaú Cultural, o espaço FIESP, o Conjunto Nacional, além de cinemas, teatros, parques, como o Parque Trianon (Parque Tenente Siqueira Campos), e, finalmente, como importante expoente da cena esportiva, o estádio do Pacaembu.

Destaca-se, ainda, em relação à região da Avenida Paulista, sua localização estratégica, propiciando facilidade de acesso aos dois principais aeroportos da cidade de São Paulo, Congonhas e Cumbica. Tem-se como importante vantagem a acessibilidade e facilidade de recurso ao transporte urbano, dada a proximidade à estação de metrô Trianon-Masp, além da facilidade de fluxo para grandes avenidas, como Avenida Nove de Julho, Rua Augusta, Avenida Rebouças, Rua da Consolação e Avenida 23 de Maio.

HOTEL

O ramo hoteleiro segue no Brasil em expansão. Segundo o FOHB (Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil) há previsão de, para os próximos quatro anos, 200 novos empreendimentos no país. Desses, 33 seriam de luxo, 68 hotéis de média escala e 99 econômicos. Em números de apartamentos, essa quase centena significa 14 mil unidades. Em investimentos, R$ 1,1 bilhão.

Apesar da existência de diversos hotéis na região da Avenida Paulista, sabe-se que a demanda não consegue ser suprida. Locais para feiras e eventos também são hoje uma atividade em grande expansão.

AVENIDA PAULISTA

Um concurso feito pela Associação Paulista Viva foi realizado em 2002 para a substituição do piso de mosaico português para um piso de blocos intertravados de concreto.

O piso de mosaico português foi parte do projeto de Rosa Kliass e o escritório Canduro e Martino, de 1970, que além de redesenhar o piso da Avenida Paulista, fizeram um completo projeto de desenho urbano na região, até mesmo os equipamento e mobiliários. A tal substituição do piso criou polêmica. Rosa Kliass criticou a decisão, enquanto João Carlos Cauduro declarou inadequado o piso escolhido.

Outro assunto muito discutido atualmente foi a compra do prédio vizinho ao MASP pelo museu. Julio Neves, presidente do museu projetou um grande mirante, sobre do edifício existente, o qual foi vetado pelo Departamento de Patrimônio Histórico do município de São Paulo. O mirante seria patrocinado pela empresa VIVO de telefonia, que também cedeu verbas para a compra do edifício Dumont-Adams.

Profissionais, principalmente dos órgãos de preservação, são absolutamente contra a construção do mirante, pela justificativa de que o mirante agride a obra de Lina Bo Bardi. Porém alguns arquitetos tentam justificar a proposta, como o arquiteto Carlos Bratke que declarou para a Folha de São Paulo que propostas como a torre, estão dentro das propostas de alguns museus do mundo, como na caso do MOMA, e exemplificou também o caso do Louvre que promove festas e casamentos em suas instalações.

A altitude da Avenida Paulista proporciona belas visuais para o centro da cidade, assim como para o Morumbi e Serra da Cantareira.

O PROJETO

O Hotel tem como principal público executivos que desejam fazer negócios na cidade de São Paulo. Por isso, proporciona sala de escritórios para aluguel, além do auditório e salas de convenções para eventos e reuniões. Os serviços também serão de apoio a este tipo de público.

Para a preservação do MASP, e também sua contemplação, o edifício foi revestido na face sul com vidro não espelhado. Isto para manter a transparência dando visão nos andares mais altos do edifício para vários pontos da cidade, porém sem causa reflexão que o vidro espelhado causaria.

No projeto explorou-se muito os andares inferiores, aproveitando-se o declive no terreno em direção ao centro da cidade, e assim não interferindo no visual da Avenida Paulista.

O grande vão central serve para que os andares do subsolo recebam iluminação natural, através de onde também se observa toda a movimentação de todos os setores do edifício.

No último pavimento está o restaurante, que serve como um mirante, de onde é possível ver diversos pontos da cidade de São Paulo, uma vez que a própria Avenida Paulista encontra-se em uma cota alta em relação ao restante da cidade.

Procurou-se no projeto a mistura de usos, para o aproveitamento em potencial do local. Além das áreas destinadas a hospedagem, existirá escritórios, auditório, salões para eventos, lojas, livraria, entre outros serviços destinados não só para os hospedes como também para o público em geral.

Ficha Técnica

Hotel de Negócios na Avenida Paulista
Local: São Paulo, SP
Área do terreno: 3260 m²
Área construída: 28756 m².

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