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CLUBE POLIESPORTIVO PARA ESCOLA POLITÉCNICA

Ana Paula da Silveira Cavalero

Fábio Mariz Gonçalves

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo tem cerca de 4500 alunos em treze cursos de graduação e outros 3200 nos cursos de pós-graduação.

A Associação Atlética Acadêmica Politécnica (AAAP) representa seus alunos junto à Escola e às entidades do esporte universitário. Formada e gerenciada pelos próprios alunos, a Atlética é responsável pela organização de competições e treinos de mais de 20 modalidades esportivas, que atendem diretamente a mais de 500 atletas.

Diante das necessidades que a Escola tem para conseguir proporcionar aos alunos toda infra-estrutura para a participação nesses eventos e esportes que envolvem a Atlética viu-se a necessidade da construção de um clube para concentrar seus treinamentos e sua sede.

Na falta de recursos econômicos suficientes para a aquisição de um terreno suficientemente grande para a construção do Clube optou-se por um terreno público que, por meio de concessão de terra, pudesse propor uma parceria público-privada em troca de infra-estrutura e retornos sociais e ambientais compensatórios para o público local.

O bairro da Vila Leopoldina é um bairro carente nesses quesitos e encontra-se em processo de transformação urbana como é possível verificar no Plano Regional Estratégico da Subprefeitura da Lapa e na Operação Urbana Vila Leopoldina – Jaguaré.

Em contrapartida o potencial imobiliário da região vem crescendo e valorizando todo o entorno, podendo atingir os arredores rapidamente.

A presença de indústrias desativadas degrada a área e faz com que diminua o interesse público por ela. Isso pode ser uma das causas principais do crescimento de favelas e marginais que vêm acontecendo nos arredores. Mesmo nas áreas residenciais que também são carentes de recursos, infra-estrutura, lazer, serviços e educação para suas crianças, isso se repete.

A localização do terreno favorece o acesso dos alunos da Poli e oferece meios de transporte público diferentes. Sua área é grande o suficiente para comportar todo o programa do Clube que teria seu acesso público, porem controlado, e ainda possibilita a criação de uma praça arborizada com equipamentos de lazer e descanso para os usuários locais.

O terreno encontra-se em situação degradada e em completo abandono e o processo de favelamento vem crescendo a cada dia chegando a preencher todo o córrego que existe em seu interior.

A presença de edificações importantes que existem ao redor, como o ITM e o Ceagesp, proporciona a essa área um grande potencial de crescimento em termos de infra-estrutura.

Aliado a todos esses fatores o projeto do Clube da Poli na Vila Leopoldina objetiva a recuperação do espaço degradado com a finalidade de conciliar a melhoria da qualidade de vida local com a necessidade de um lugar para sediar o Clube.

O projeto divide-se em duas grandes áreas de acordo com o tipo de uso proposto: a praça e o conjunto edificado.

A praça foi projetada para conectar as duas áreas que envolvem o terreno (área residencial e Avenida Roberto Zuccolo) e através de seus dois acessos de pedestres chegam à entrada principal do Clube, situada no térreo do edifício sede.

O redesenho da Praça Rodolfo Trevisan dá continuidade à essa conexão e forma, em conjunto com a Praça Luis Trevisan, devidamente recuperada, um caminho verde agradável para os moradores.

O conjunto edificado foi estrategicamente posicionado ao lado da Marginal para garantir à praça o visual totalmente aberto e a transposição direta sem provocar quebras no percurso e criar reentrâncias.

Ficha Técnica:
Área do terreno: 78.000 m²
Área pavimentada: 25.700 m²
Área permeável: 52.300 m²
Área pública (praça): 38.000 m²
Área controlada (Clube): 40.000 m²

 

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