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secao 4!

MOBILIÁRIO EXPORTÁVEL EM MADEIRA CERTIFICADA

 

Fábio Barboza Ferraz

João Bezerra de Menezes

escopo

O presente Trabalho Final de Graduação partiu de uma busca por um foco para a atuação no desenho de mobiliário no Brasil nos dias de hoje.

Procurou-se desenvolver um projeto de mobiliário que se insira dentro de uma lógica industrial de produção e que se adeque tanto ao mercado interno quanto ao externo.

Foi desenvolvido um conjunto de cadeira e mesa de jantar em madeira. O projeto da cadeira foi elaborado mais detalhadamente e levado até o ponto do protótipo, por ser o programa mais complexo em termos de exigências estruturais, de conforto e formais, do qual o desenho da mesa de certa maneira deriva.

No desenvolvimento do projeto buscou-se coordenar diversos fatores tais como: ergonomia, processo de fabricação, certificação da matéria prima, acomodação na embalagem, normas técnicas, aspecto formal, simplicidade de montagem e possibilidade de manutenção pela reposição de peças danificadas.

o percurso

Partindo-se de um panorama da atividade moveleira nos planos nacional e internacional, buscou-se um foco para o trabalho. Foi constatado um panorama em que o Brasil aparece como possuidor de recursos que o qualificariam para ser um importante centro moveleiro no panorama mundial.

Este potencial deriva principalmente da união de dois fatores: em primeiro lugar temos já instalado um importante e moderno parque industrial moveleiro, localizado em grande parte na região sul do país. Este parque industrial, contudo, se insere no mercado mundial como exportador de capacidade produtiva, uma vez que produz em sua maioria móveis com pouco apuro no desenho, ou seguindo projetos fornecidos pelo comprador estrangeiro.

Em segundo lugar temos recursos naturais muito favoráveis ao crescimento da madeira, um fator de importância crescente, à medida que as reservas mundiais de madeira nativa vão se tornando cada vez mais escassas, e cada vai se tornando regra o uso sustentável deste recurso, principalmente através do uso de madeira cultivada em plantações. Contudo acabamos nos caracterizando neste ponto como exportadores de matéria prima, ao invés de produtos elaborados com ela.

Assim, a situação que se observa é que o Brasil se caracteriza hoje dentro do setor moveleiro mundial como um exportador de capacidade produtiva e de matéria prima, deixando de aproveitar uma situação bastante favorável à produção de um produto de maior valor agregado.

Esta situação é percebida pela indústria e algumas iniciativas vem sendo tomadas para unir o design à produção moveleira nacional, permitindo que esta indústria se insira de maneira mais vantajosa no mercado mundial.

È aí que o presente TFG procurou se inserir através da tentativa de e desenvolver um produto industrial que atendesse às expectativas do mercado externo ao mesmo tempo em que pudesse ser comercializado também internamente, permitindo uma estratégia comercial flexível, passível de se adequar à conjuntura econômica (grau de aquecimento do mercado interno, taxas de câmbio, etc).

posicionamento de mercado

O nicho de mercado foi sendo definido por exclusão: primeiramente verificou-se que a àrea de móveis para escritório é hoje dominada por grandes indústrias que trabalham com grande escala de produção e requer tecnologia de ponta, em função dos mecanismos de ajuste necessários para a adequação ergonômica ao usuário. Algumas empresas pesquisadas foram giroflex, forma, escriba, l'atelier, mobilínea.

Dentro do segmento de móveis residênciais excluiu-se os móveis de cozinha por serem serem estes também ligados hoje a grande escala de produção e tecnologia de ponta. A Alemanha é especialmente forte neste segmento.

Assim acabou-se ficando entre os móveis residenciais de estar e de jantar. Acabou-se definindo por mesa e cadeira de jantar.

O projeto

Houve uma preocupação em se desenvolver um projeto que premitisse que o móvel fosse comercializado desmontado, e que suas partes coubessem todas dentro de uma embalagem com as menores dimensões possíveis, facilitando o transporte e estocagem e tornando o produto fácil de ser carregado pelo comprador final.

Além disso buscou-se um móvel com a menor quantidade de peças possível, facilitando a montagem.

Quanto ao processo de fabricação houve a intenção de se elaborar um móvel confortável e atraente, mas não muito complexo de se fabricar. Acabou-se trabalhando com a madeira de duas maneiras diferentes: para o assento e o espaldar usou-se a madeira laminada, enquanto a estrutura dos pés foi consebida para construção em madeira maciça, com técnicas tradicionais de marcenaria.

Assim se utilizou a madeira laminada nas partes em que seus benefícios puderam ser mais bem aproveitados, no caso nas regiões onde o móvel está em contado com o corpo do usuário. A superfície de apoio da cadeira pode assim acompanhar as curvas naturais do corpo humano e se adaptar a elas através da sua flexibilidade.

Na parte dos pés, a madeira maciça garante perfeitamente a rigidez e o apoio necessários para o bom funcionamento do móvel, e um processo de fabricação condizente com a tecnologia mais difundida de trabalho da madeira.

Esta combinação duas tecnologias diferentes pressupõe ainda a possibilidade de estabelecimento de uma linha de produção horizontal, com empresas diferentes se especializando na fabricação de cada componente.

A cadeira projetada compôe-se de cinco peças: espaldar, assento, dois pórticos que formam a estrutura dos pés e uma pequena chapa metálica usada para travar a estrutura dos pés e fixá-la ao assento. Ela é montada através de oito parafusos do tipo allen, sendo a chave necessária à montagem incluída na embalagem.

A laminação foi feita com madeira de eucalipto, em lâminas de 0,6 mm e 1,6 mm e a estrutura dos pés com eucalipto maciço.

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