Quando o Projeto é de Identidade Corporativa o desafio é escrever uma epopéia com uma palavra só(retirado da V Bienal ADG-Brasil, 2000)
A imagem corporativa é como uma tela em branco que as pessoas possuem em suas mentes em relação a uma determinada empresa com a qual ainda não tiveram contato. A imagem é o preenchimento dessa tela, como se fosse um quebra-cabeças. As pessoas vão construindo a imagem com peças que a própria empresa fornece. Se a empresa não sabe muito bem como é a tela original (a identidade), não consegue distribuir as peças corretas para preencher a tela na cabeça das pessoas (a imagem). Isso faz com que se forme uma imagem confusa, onde as peças não se encaixam. Assim, é difícil confiar na empresa e formar uma opinião favorável, pois não há clareza e nem coerência. A reputação da empresa fica prejudicada, pois não se consegue discernir os pontos determinantes para a tomada de decisão. Autor desconhecido
Ao se Construir a Imagem Corporativa de qualquer empresa deve se considerar diversos aspectos e a complexidade envolvida em tal processo. O processo de formação de uma imagem é resultado de uma abstração que cada indivíduo forma em sua mente a partir de operações de simplificação com atributos mais ou menos representativos para ele. Essa percepção geralmente é visual, mas também pode ser ligada aos outros sentidos.
É essa abertura que esse trabalho procurou desenvolver. Criar uma imagem corporativa não apenas baseada no visual, mas levando em conta todos os outros sentidos do público em geral, seja cliente ou não da empresa em questão. Criar uma interação empresa-pessoa de tal forma que a imagem buscada seja conseguida proveniente de fontes sensoriais em sua total amplitude.
Os meios de se buscar tal interação foi desenvolvendo todo o projeto da empresa em si, desde um edifício padrão (para sedes, filiais, escritórios, etc), sinalização interna e externa e, claro, sua identidade visual, desde a criação do nome, logotipo, papelaria, etc.
A idéia inicial foi criar uma rede de Restaurantes Fast-Food saudável. O restaurante foi escolhido porque tem uma interação forte com todos, seja os clientes (que usufruem de suas dependências e de seus serviços) ou uma pessoa comum (quem nunca ouviu falar de um Mcdonalds ou, mais recentemente Burguer King, ou nunca reparou em uma filial da Pizza Hut por exemplo?) e o mercado culinário brasileiro, especialmente em São Paulo, está em constante crescimento.
O empreendedorismo nacional na área de alimentação permitiu o crescimento e expansão de redes regionais: Bonaparte, Mini-Kalzone (originalmente de Florianópolis), Au Au (Curitiba), Pits Burg(Rio Grande do Norte),Estupendo (Rio Grande do Norte), A Petiskeira (Porto Alegre). Outras redes multinacionais chegaram no Brasil, as mais recentes são: Burger King (americana), Havanna (argentina) e StarBucks (americana). Mas algumas poucas marcas se estabeleceram nacionalmente: Pizza Hut (americana), Subway (americana), McDonald's (americana), Habib's (brasileira, origem SP), Giraffas (brasileira, origem DF), Bob`s (americana e brasileira, origem RJ) e Spolleto (brasileira, origem RJ). Como concorrentes diretos, o Habib's e o Giraffa's se juntam ao Bob's e McDonald's para comporem os quatro maiores grupos atuantes no mercado nacional, em número de pontos de venda e faturamento.
Apesar desse mercado ainda em crescimento o Fast-food é sinônimo de um estilo de vida estressante e não-saudável que vem sendo criticado desde o final século passado . É exatamente essa imagem negativa que esse trabalho se propôs a mudar, procurando trazer para o público um restaurante onde se possa comer bem, rápido e saudavelmente; e com o qual se identifique de imediato.
Além disso, esse nicho de mercado ainda é pouco explorado na cidade de São Paulo, onde o ritmo de vida acelerado e a busca por uma qualidade de vida melhor estão em constante ascensão (basta observar a crescente proliferação das academias de ginástica na cidade).
Porém essa idéia evolui, ao invés de uma rede fast-food fo feito apenas uma unidade matriz de um restaurante, o que não excluiria a futura possibilidade de expansão para uma rede. Isso aconteceu por dois motivo:
Primeiro: em apenas uma unidade a liberdade é muito maior para criar e ambientar os espaços, podendo ser feito visando apenas um público alvo, coisa que em um restaurante de rede não pode explorar ao extremo. Em certos estabelecimentos você acaba pagando pelo ambiente muito mais do que pela refeição em si, assim optei por fazer um restaurante quase temático onde pude explorar livremente sua identidade visual.
O segundo motivo foi a sugestão dos Professores da disciplina do TFG para criar um cliente hipotético que te solicitasse o projeto. Assim imaginei uma pessoa vegetariana, jovem, preocupada com a preservação do meio ambiente, inovadora e formadora de opinião (que também passou a ser o público alvo do restaurante).
Partindo desses dois princípios ficou definida a minha proposta para o TFG: criar e ambientar um restaurante vegetariano enfatizando e propagando a sustentabilidade como valor principal.
Desse modo o projeto pretendeu alcançar, resumidamente, os seguintes objetivos:
1 Transmitir Inovação e Originalidade.
2 Estar de acordo e conscientizar os usuários e a população em geral sobre temas ecológicos de interesse mundial, tais como: preservação, reciclagem, reutilidade, reaproveitamento, economia de recursos, etc.
3 Ser um local inusitado, lúdico e diferente.
4 Ser um estabelecimento onde se possa comer bem e saudavelmente.
