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secao 4!

Luz memória paulistana

 

Tatyane Bandeira de Souza

Ângela Maria Rocha

Este trabalho teve como objetivo expor e experienciar as relações entre o meio audiovisual, a arquitetura e suas representações procura através de fotos, filmagens e desenhos explicar o processo de formação de uma região da cidade de São Paulo e propiciar o entendimento de um edifício importante para a capital. Através do jogo das imagens foi possível abordar a temática do antigo e do novo, colocar a questão da memória urbana e relatar de maneira mais detalhada a forma, função e uso de um edifício.

Para este processo foi escolhida uma região que tivesse não só importância histórica, como também permitisse a abordagem de temas mais atuais, ligadas ao desenvolvimento da própria cidade. Deveria também possuir um edifício emblemático, que pudesse ser relatado durante toda a explanação.

A região da Luz possui edifícios de diferentes épocas, que estão integrados na malha urbana. Foi um local que passou por grandes mudanças urbanas, recebeu diferentes elementos, especialmente de transporte, que foram decisivos para a transformação do local. Por todas estas características, esta foi a região escolhida, e o edifício foi o da Estação da Luz, que desde sua inauguração, 1867, não perdeu sua função, foi preservada e está em constante uso. Isso enfatiza sua correta funcionalidade, implantação e localização.

Hoje ela é o ponto de partida de muitos planos para integração dos transportes e da cidade, representando a conexão entre passado e futuro do desenvolvimento paulista, não só na área urbana como também da área cultural, pois é o arquivo vivo da cidade de São Paulo.

A utilização do vídeo como forma de representação e documentação da arquitetura torna mais acessível ao público geral o conhecimento das obras, pois ele é um meio de grande difusão de conhecimento e conteúdo, seja pela TV, DVD ou Internet, e permite o registro e captação do ambiente urbano e dos edifícios que o compõem. Este trabalho tem caráter interdisciplinar, pois procura interligar diferentes áreas como cinema, arquitetura, desenho e história, apresentando-se como uma forma importante para a documentação da arquitetura.

Propôs a realização de um vídeo considerando todas as suas etapas, desde a escolha da obra, redação do roteiro e realização do filme. Registrou todos os procedimentos para a realização deste vídeo de arquitetura, ampliando o conhecimento sobre esta forma de representação.

A primeira leitura do espaço foi realizada com o levantamento da área e descrição dos edifícios e espaços. A pesquisa deu informações sobre cada elemento, sua fundação, localização, uso e importância. O estudo analítico dos elementos da área possibilitou maior clareza do espaço e procurou estabelecer algumas relações entre os eles como: ordem cronológica, uso, tipo de construção e local de implantação. O estudo histórico relatou as mudanças e alterações de alguns elementos.

O documentário buscou o entendimento e a integração da região da Luz e da Estação da Luz, englobando os fatos históricos que transformaram a região, a instalação dos edifícios na região que mudaram a forma de ocupação no espaço. Possibilitou um registro das épocas, pois ao contrapor as fotos antigas com as atuais permitiu o relato do processo histórico da região.

A leitura do espaço se completou com a introdução do caráter de álbum conferido ao vídeo, o que permitiu um resgate da memória de tudo que se relaciona com o passado, ampliando consideravelmente o campo da ação. Deixando de ser um simples registro documental, passa a se tornar algo mais integrado no campo das representações.

A intenção de criar uma relação entre estes conteúdos, levou à produção de uma cronologia, na qual todos os prédios importantes para a região fossem relatados, possibilitando contar através deles a história da formação da região. Assim, ao assistir o vídeo, é possível entender a formação da região e compreender como ocorreu o processo de formação do espaço da região da Luz e em qual contexto é inserida a Estação da Luz.

A seleção de informações sobre a região e a Estação da Luz foi realizada com cuidado para fundamentar a construção do vídeo. O uso de técnicas visuais foram conceituadas para funcionar dentro da composição geral e proporcionar o entendimento do histórico da região, resultando na clareza de exposição do assunto.

O vídeo é um meio de exposição de informações e conteúdos e, neste caso, buscou uma maneira de não só informar, mas procurou expor o assunto de forma interessante e divertida. Foi possível englobar várias formas de representação, graças à natureza do material iconográfico já existente e àqueles que foram produzidos para o vídeo: imagens fotográficas e filmagens, desenhos e mapas. O som permitiu e envolveu os temas relacionando-os e evocando a atmosfera de cada época, tanto o período de instalação do trem em São Paulo e como também do crescimento da cidade.

A pesquisa e realização do vídeo procuraram documentar uma parte da história da arquitetura paulista, seja pelo seu conteúdo urbanístico, seja pela exposição do edifício, proporcionando uma maneira de difusão do conhecimento deste assunto, importante para a conservação da memória e da arquitetura com ela identificada.

Este trabalho fundamentou-se no questionamento das produções existentes sobre o tema, e pretende oferecer mais coerência e consistência aos argumentos que fornecem as bases para a produção e realização do vídeo, tornando a documentação de arquitetura mais concreta e coerente.

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