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Mobiliário Urbano para Implementação de uma Ciclorede na Cidade de São Paulo

Mariana Paoli Fernandes

Roberta Kronka Mülfarth

O tema foi escolhido após a realização de um trabalho para disciplina AUT217 – Ergonomia Aplicada ao Planejamento e Projeto do Mobiliário Urbano, no qual desenvolvemos o projeto de uma ciclorede para Cidade Universitária. Ao longo deste trabalho percebi a enorme demanda por este tipo de infra-estrutura por parte dos usuários da USP, que reclamam da falta de segurança, de conforto e também dos conflitos com os automóveis. No final do trabalho se tornou evidente a melhoria que a presença de uma ciclorede poderia oferecer para cidade de São Paulo.

Portanto, durante este trabalho procurei estudar o mobiliário urbano de apoio aos ciclistas, a implementação dele em algumas áreas da cidade de São Paulo e sua integração com os outros meios de transporte. Atualmente a instalação de ciclo redes é muito importante, principalmente nas cidades mais populosas, pois com ela é possível diminuir a quantidade de carros, a intensidade dos congestionamentos e a poluição provocada por eles.

Outra parte importante deste trabalho foi o estudo de algumas cidades que obtiveram sucesso na implantação de suas cicloredes e que podem vir a servir como modelo para cidade de São Paulo. Pude analisar as estratégias adotadas e a viabilidade destas propostas aqui. Na Europa existem diversas cidades nas quais a bicicleta é um dos meios de transporte mais utilizados, um exemplo disso é Amsterdã onde 26% dos deslocamentos são feitos com a bicicleta (34% de carro e 40% no transporte público: metrô, bonde VLT e ônibus) e onde a frota já conta com mais de 600 mil bicicletas. Mesmo na América do Sul podemos analisar Bogotá onde foi implantado o sistema CicloRuta, que consiste em uma crescente rede de vias exclusivas para circulação de bicicletas, que atualmente tem mais de 300 Km.

No Brasil são raros os exemplos de instalação de ciclovias, bicicletários ou pontos de parada adequados ao uso da bicicleta como transporte urbano e, essa falta de infra-estrutura, impede o maior uso das bicicletas nas capitais. Entre 1994 e 2004, a frota nacional de bicicletas subiu de 30 para 55 milhões, sendo que quase a metade delas está na Região Sudeste, de acordo com a Associação Nacional de Transporte Público (ANTP). No total elas são responsáveis por 7,4% dos deslocamentos feitos no pais, o equivalente a 15 milhões de viagens por dia.

Equipamentos Necessários para o Desenvolvimento de uma Ciclorede

Para a implementação de uma rede de bicicletas é necessária a existência de diversos equipamentos associados: sistemas de circulação, de estacionamentos, de sinalização, de divulgação e de integração com os outros meios de transporte. Estes equipamentos representam um precioso auxílio à leitura e interpretação do espaço ciclável e garantem seu correto funcionamento, garantindo a segurança dos usuários e uma coexistência harmoniosa com as restantes estruturas.

Circulação

A definição correta das tipologias dos percursos cicláveis permite que o ciclista utilize as ciclovias de forma mais segura e dinâmica. Essa escolha leva em consideração o fluxo estimados de automóvei, a análise da via e a compatibilização com o tráfego viário. A tabela abaixo mostra como com cruzamento destes dados obtemos a tipologia adequada.

Estacionamentos

Os estacionamentos de bicicletas devem ser projetados para impedir o furto das bicicletas enquanto seu proprietário está distante e também para não danificar a estrutura das mesmas, caso estas premissas não sejam atingidas não haverá adesão por parte do usuário. A localização destes estacionamentos deve prever a assossiação da ciclovia com a outros meios de transporte e também a proximidade de pontos de interesse, como por exemplo escolas, universidades, edifícios públicos e outros lugares movimentados (praças, parques etc).

Sinalização

Para direcionar o deslocamento dos ciclistas é necessária uma estrutura que permite a instalação de painéis de publicidade, informação sobre a rede ciclável e orientações sobre o uso e a localização do utilizador.

Integração

A integração dos sistemas cicloviários a outros sistemas parte do transporte público é essencial para a consolidação do uso da bicicleta como meio de transporte, e não apenas lazer. Essa integração pode ser feita de diversas maneiras, de acordo com necessidades específicas do local e da rede de transporte disponível.

Em São Paulo desde o final de fevereiro de 2007, o Metrô e a CPTM liberaram o transporte de bicicletas em suas composições. O acesso é permitido aos sábados, das 15 às 20 horas, e aos domingos e feriados, das 7 às 20 horas, com embarque sempre no último carro dos trens. A bicicleta deve ser transportada ao lado do corpo, não sendo permitido montá-la durante a permanência nas dependências das estações, incluindo passarelas e rampas de acesso.

Divulgação

Comunicação é uma ferramenta importante para a promoção do ciclismo e de sua segurança. Cooperação efetiva entre os agentes de planejamento, implantação e publicidade é necessária para produza mudanças desejadas de comportamento da população.

Legislação referente à cidade de São Paulo

Abaixo está listada toda legislação referente ao município de São Paulo, o texto completa está no anexo 8.
1) Lei Nº10.907 de18 de DEZEMBRO de 1990 Dispõe sobre a destinação de espaços para ciclovias no município de São Paulo, e dá outras providências.
2) Lei Nº 10.095, de 26 de NOVEMBRO de 1998 Dispõe sobre o plano cicloviário do estado de São Paulo.
3) Lei Nº 13.995, de 10 de JUNHO de 2005 Dispõe sobre a criação de estacionamento de bicicletas em locais abertos á frequência do público.
4) Lei Nº 14.266, de 6 de FEVEREIRO de 2007 Dispõe sobre a criação do sistema cicloviário no município de São Paulo e da outras providências.

Ciclovia escolhida

As imagens abaixo mostram a localização e o detalhamento dôo percurso escolhido. Elas foram escolhidas por sua proximidade com outros meios de transporte, o que incentivará o transporte intermodal, pela possibilidade de uso como rotas para lazer e também rotas de deslocamento diário e também por já serem largamente utilizadas pelos ciclistas de São Paulo.

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