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secao 4!

Centro Cultural Brasil-Japão

Sergei Alexander Aoki

Oreste Bortolli Jr.

A idéia de criar um local que pudesse abrigar várias manifestações artísticas ligadas a cultura japonesa foi o ponto de partida para esse projeto. Um conjunto de edifícios que se comunicassem de forma harmônica ao entorno, sem violentaros espaços, conectando os diferentes percursos.

O espaço escolhido foi um terreno localizado no bairro da Luz, outrora palco das maiores mudanças ocorridas na cidade no começo do século com a chegada da nova estação da Luz, que finalmente alçou o pequeno aglomerado urbano à categoria de metrópole. de fato, de lá para cá muitos acontecimentos ocorreram e marcaram o crescimento vertiginoso da cidade.

A nova estação, muito mais que um mero ponto de parada, era também a porta de entrada para quem vinha de outras cidades , na época em que andar de trem ainda era um costume recém trazido da Europa.Hoje, o que restou desse período áureo ajuda um pouco a traçar a história desse pedaço tão particular da cidade. A linha do trem que antes unia hoje segrega e secciona a cidade, do glamour dos tempos do café, só restou a estação,onde antes se ouvia o assovio da maria-fumaça hoje não passa de um ranger de trilhos e a pressa dos pedestres tomou conta do lugar.

O Projeto:

Tendo como referência os arcos da arquitetura eclética de Ramos de Azevedo, além do carater de passagem que a estação de trem imprime ao lugar, o projeto procura realçar justamente essas características. de fato, o partido adotado resgata a forma tradicioinal da gare, mas com um uso totalmente diferente é claro. O terreno em questão faz uma conexão entre dois espaços verdes muito distintos ,o primeiro, e mais conhecido, Parque da Luz e outro, que apesar de sua escala bem menor, a praça Fernando Prestes, é intensamente utilizado pelos mais diferentes usuários ao longo do dia. O desafio de ligar esses dois espaços, hoje separados por edifícios sem qualquer compromisso de escala com o lugar balizou o projeto, que propõe um edifício-rua, que pode ser percorrido como um caminho entre as duas áreas verdes, sem barreiras .Na verdade o projeto se divide em duas situações bem diferentes,logo na entrada to terreno, um pequeno edifício tombado pelo patrimônio histórico sofreu retrofit e passou a abrigar a gibiteca Osamu Tezuka, o mago dos quadrinhios japoneses, numa clara intenção de abordar a cultura japonesa, Mais adiante o edifício principal se insere de forma a manter o percurso, oferecendo espaços de descanso e entretenimento ligado à cultura oriental. Vários espaços propõem diferentes usos, como os anfiteatros, destinados a apresentações do teatro Kabuki e Noh, assim como o teatro de bonecos, o Bunraku. Também fazem parte do complexo uma grande galeria destinada a divulgar o trabalho de jovens artistas, assim como um pequeno centro comercial, constituído por pequenas lojas e um restaurante japonês. No subsolo, ocupado inteiramente por uma biblioteca, as várias referências à cultura oriental estão presentes, como a horizontalidade dos espaços e a cama transmitida pelos jardins internos, recurso utilizado para diminuir a sensação de claustro que os espaços subterrâneos oferecem.

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