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secao 4!

PROJETO DE IDENTIDADE VISUAL PARA LOJA E RESTAURANTE

CHRISTIANE WANG CAVICHIOLI

SÉRGIO RÉGIS MOREIRA MARTINS

O presente trabalho é uma tentativa de criação livre de um conceito de marca para uma loja de moda feminina e outro para um café-restaurante, com seus respectivos projetos de identidade visual. Esses dois estabelecimentos são inseparáveis do ponto de vista físico, ou seja, trata-se de uma loja com café-restaurante ou então um café-restaurante com loja. Ao dividir o mesmo espaço, pretendem traduzir uma certa tendência de mercado que é a de diversificação de atividades, propondo aos frequentadores do local novas e interessantes experiências.

O fato de ser um trabalho final de graduação, e não um trabalho real, com um cliente real, facilita e ao mesmo tempo dificulta o processo de elaboração da marca em alguns aspectos. Uma facilidade é não precisar lidar com possíveis limitações orçamentárias ou de viabilidade comercial exigidas por algum cliente. Entretanto, excesso de liberdade deixa o foco mais aberto, tornando o trabalho abrangente e podendo cair na superficialidade. Para fugir da falta de objetividade e excesso de abrangência, alguns aspectos limitadores foram imaginados para criação do conceito, tais como o tipo de produto oferecido pela marca, suas lojas, seu público alvo etc. Só com o conceito bem definido é que se pode começar a pensar em se fazer qualquer projeto, seja ele de identidade visual ou de arquitetura.

Partindo da vontade de se produzir algo que possa fazer parte direta do cotidiano das pessoas, porém sem cair num domínio de massas, sendo assim exclusiva e capaz de alimentar desejos e fantasias, transmitindo inovação e contemporaneidade, a escolha mais atraente foi a de criar uma marca de varejo de moda feminina. Entretanto não poderia ser qualquer marca, deveria ter um ou mais diferenciais positivos capazes de destacá-la do comercio varejista de moda da cidade de São Paulo, em cujo meio a competição por novos clientes e principalmente sua fidelização é bastante acirrada. Daí veio a idéia de integrá-la a um café-restaurante, numa relação de mutualismo onde ambos funcionariam num mesmo endereço transformando cada vez mais a ida à loja num momento de lazer descontraído e despreocupado, atraindo não só o público feminino às suas dependências. Dessa forma ampliaria-se a faixa de público alvo que frequentaria o local.

A escolha do segmento feminino foi feita justamente para permitir esse tipo de inovação conceitual. Mulheres de modo geral são mais abertas com relação a novas tendências de moda que homens, buscando sempre novidades em primeira mão.

Nos últimos anos, o consumidor vem se mostrando cada vez mais consciente e certo daquilo que procura, ou seja, o cliente está cada vez mais exigente. Ele só comprará se o produto estiver realmente mais barato que na concorrência ou se estiver realmente precisando daquilo ou, ainda, se ele estiver se sentindo realmente confortável na loja, se divertindo a cada passo dado. É, sem dúvida, esse último lado que será aqui explorado. Assim, para satisfazer o exigente público feminino paulistano pertencente às classes A e B, escolhido como público alvo da loja, foram pensadas algumas soluções inovadoras de conforto e praticidade para as pessoas se sentirem mais a vontade e confiantes abrindo-se então a novas experiência no momento das compras.

Quando paramos diante de uma loja milhares, de sensações nos são transmitidas através da imagem que rapidamente formamos sobre o que estamos vendo. Essa imagem é composta por um conjunto de variantes que devem estar em consonância para que seja transmitida a todas as pessoas, não somente aos clientes, exatamente da maneira como desejam os idealizadores e proprietários da marca.

Essa imagem que as pessoas fazem de uma marca é chamada de imagem corporativa. Uma das principais ferramentas para se fortalecer a imagem corporativa de uma empresa é o uso adequado, coerente e sistemático de uma boa identidade visual corporativa.

Por que isso tudo é tão importante? Vivemos hoje numa sociedade de consumo extremamente exigente com relação à qualidade e ao custo-benefício dos produtos, independentemente de sexo, classe ou credo. Entretanto, possuir bons produtos, sejam eles roupa ou alimento, a oferecer aos seus clientes, com bons preços não é de modo algum certeza de sucesso, principalmente tratando-se dos segmentos de moda feminina e restaurante, onde a concorrência é acirrada, com muitos estabelecimentos de qualidade que procuram se destacar a todo custo da massa. Uma forte presença de identidade visual corporativa é uma das melhores maneiras de atingir diretamente o cliente e se fazer lembrada e desejada.

Com isso, a criação de uma marca torna-se algo centenas de vezes mais complexo que simplesmente arrumar alguns produtos num certo espaço, contratar alguns funcionários e colocar uma placa na entrada. Além de produzir uma identidade corporativa forte, é preciso assegurar que todos os pontos de venda, no caso do varejo de moda feminina, estejam de acordo com o público alvo que se deseja atingir (disposição de móveis expositores, vitrine, visual merchandising, iluminação, circulação, cor, aroma, música, atendimento etc.). É claro que alguns aspectos mencionados estão fora do alcance do trabalho do designer e do arquiteto.

AS IDENTIDADES VISUAIS

As marcas Cabideira e Bicodejaca são compostas por um símbolo e uma tipografia. Na Cabideira, o símbolo representa parte do desenho de um tecido rendado, enquanto que na Bicodejaca ele retrata as pequenas projeções piramidais típicas de taças, jarras e bomboneiras de vidro ou cristais antigas feitas com essa técnica, tentando trazer, nas duas, elementos ligados ao passado e a uma certa noção de tradição brasileira ao presente, utilizando uma linguagem mais contemporânea.

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