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secao 4!

rede de equipamentos para terceira idade

Larissa Mayumi Shinzato

Alexandre Delijaicov

Trata-se de uma rede de equipamentos para a terceira idade espalhados pela cidade de São Paulo e uma sede principal na região Central. Estes centros seriam localizados junto a escolas públicas devido à intenção de aproximar os idosos das crianças, fazendo com que haja contato entre as distintas gerações, e que, desde pequena a pessoa aprenda a olhar os idosos e respeita-los. Além disso, para que haja a troca, “ensinar e aprender”, transmissão cultural, fortalecimento da identidade local, onde tanto os idosos, quanto as crianças e a sociedade se beneficiam. O que se busca é não isolar os idosos, não restringi-los a conviver apenas com os próprios idosos, mas possibilitar a interação entre gerações diferentes.

A escola escolhida para a implantação do anexo é a Escola Estadual Alberto Torres, situada na cidade de São Paulo, na região do Butantã. Localiza-se na Avenida Vital Brasil, acesso ao Instituto Butantã, próximo à futura Estação de Metrô. O terreno da escola se situa em meio a um conjunto de equipamentos.

O projeto da Escola, de 1951, é do arquiteto Roberto Tibau, fazendo parte da época do Convênio Escolar. Possuía dois programas de ensino: o fundamental e o ensino rural. Também possuía áreas para marcenaria, tecelagem, artes. Atualmente a escola não possui mais o ensino rural e encontra-se subutilizada.

PREMISSAS DE PROJETO

- reforçar o caráter local de conjunto de equipamentos públicos: Instituto Butantã, Posto de Saúde-Escola, creche municipal, igreja, escola e o anexo para a Terceira Idade.
- Evitar o isolamento dos idosos
- promover o encontro.
- Permitir que os idosos, as crianças, e a comunidade, a cidade, vejam e sejam vistos uns pelos outros.
- Desenvolvimento principal do partido arquitetônico em um único plano.
- presença de pátios, onde efetivamente se dá o encontro e o contato entre pessoas, como ocorre em praças.
- O material escolhido para o anexo é basicamente a madeira e o vidro, por ser material diferente da maior parte dos edifícios escolares, geralmente de concreto; também pelo conforto tátil, visual e térmico. A madeira ainda possui grande resistência, é leve, possibilita a industrialização de suas peças, construção seca e dialoga diretamente com o tema, uma vez que imprime as marcas do tempo em si e tem em seus anéis a marcação da idade. Além disso é considerável em relação ao meio ambiente.
Já o vidro é basicamente para garantir a transparência, o “ver e ser visto”, e a conexão entre interior-exterior.
- Parte do programa no anexo e parte no edifício da escola.

Anexo

O acesso ao edifício da Escola e ao Anexo se dá a partir da área em frente ao pátio da Igreja para obter uma continuidade dos espaços de encontro e ficar mais próxima às entradas dos demais equipamentos.

A distribuição do edifício se dá de modo a facilitar a orientação e o entendimento do edifício.

A primeira parte, da administração, fica disposta perpendicular ao restante do edifício e à rua, pois assim a menor face dela se volta para a rua, e para deixar claro que as atividades que lá ocorrem são distintas das demais.

O eixo principal do edifício se dá paralelo à rua, uma vez que é o objetivo que sejam vistas as atividades que lá acontecem tanto para quem está na rua, no pátio, na escola, quanto para quem está dentro ver o que está fora.

Há algumas clarabóias localizadas para suprir ou reforçar a iluminação, especialmente nas áreas de trabalho.

Por se tratar de uma rede de equipamentos, o projeto segue uma modulação do sistema estrutural e do fechamento, podendo formar composições diferentes.

A estrutura da cobertura é formada por grelha de madeira, que possibilita estrutura resistente e que não necessita de vigas muito compridas para vencer os vãos, também uniformiza a cobertura.

Os pilares são dispostos de 6 em 6 metros e são roliços para evitar acidentes.

O fechamento se dá ora por portas de correr, ora por painéis fixos e ora por alvenaria. As cores são importantes para facilitar a identificação e memorização das atividades que ocorrem no local. O piso é deck de madeira.

Possui a principal parte do programa voltado para a interação entre a terceira idade e a comunidade em geral. É a parte do programa que prioriza as atividades em conjunto e os encontros:
Salão - onde ocorrem aulas de ginástica, dança e interpretação para idosos e não idosos no sistema “aprender e ensinar” e exposições, fóruns, palestras e festas em finais de semana. É o local mais visível por conta das atividades que lá ocorrem, sendo, junto com o primeiro pátio, a principal área de comunicação com a “cidade”.
Cozinha-escola – local onde os idosos aprendem e ensinam a culinária, sempre trabalhando em grupos, preferencialmente com pessoas de outras idades também, para que durante o preparo de alguma receita propicie-se essa interatividade, a prosa, a troca de experiência, e que, pelo aroma, calor, e a impressão de um local mais doméstico, mais familiar, se crie uma atmosfera receptiva em todo o edifício, onde as pessoas se sintam acolhidas.
Sala de música – de viola e piano - que espalha o som e une através da música e torna o ambiente agradável, favorecendo a aproximação das pessoas.
Café – como se fosse uma extensão da cozinha-escola também espalha o aroma, e permite ter um local para estar, comer, beber, conversar e ver. Pode-se ver o conjunto do edifício todo.
Área de jogos
Sala de leitura / conversa – Biblioteca onde, em certas horas do dia, se torna uma sala da conversa, onde se desenvolve o programa do Contador de Histórias, da Ação Griô.
Pátio gramado – nele se localiza o parque infantil e a academia para a terceira idade ao ar livre.
Pátio de terra batida – local para prática de atividades físicas, jogos de mesa e encontro dos estudantes.

A escola

Pouca modificação e resgate de parte do programa da época da escola rural, como as oficinas, área de horta e pomar. Salas de aula voltadas também para alfabetização de adultos e terceira idade.

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