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secao 4!

Arena Esportiva -

Qualificação do Espaço Urbano

Marcelo Sassaki

Anália Maria Marinho de Carvalho Amorin

Área do terreno: 275.695,58m²
Dimensões: 583,58 x 502,87 m²
Área Construída Total: 73.114,13m²
Capacidade:53.620 espectadores

A proposta de uma Arena para o Palmeiras surgiu devido a proximidade desse terreno vazio próximo ao clube e, principalmente, porque o atual estádio é vizinho aos shoppings West Plaza e Bourbon, ou seja, três grandes pólos geradores de tráfego em um raio menor que 500 metros em relação ao Palestra Itália, fator que gera graves problemas de transita à região.

Outro fator importante para a sugestão de mudança é o fato de uma reforma no atual estádio para aumento da capacidade ser inviável, tanto pelo trânsito já existente, como pelo espaço físico, já que é circundado pelo Shopping Bourbon e por residências, impossibilitando um entorno livre para circulação de uma grande quantidade de torcedores e pela dificuldade de criar rotas de acesso direto a vias expressas.

Por isso a idéia de projetar uma Arena em um terreno próximo ao clube, com amplo espaço para aglomeração dos torcedores e infra-estrutura de transportes eficiente, possibilitando fácil acesso com o objetivo de diminuir o uso de carros em dias de jogos.

Com incentivo ao uso do transporte público, já que a região possui infra-estrutura de transportes abrangente, seria possível diminuir o número de vagas de estacionamento e destinar mais espaços para o uso público, como áreas verdes e de lazer, por exemplo.

Propostas urbanas foram integradas ao projeto da Arena, como o prolongamento de avenidas, o deslocamento da estação Água Branca da CPTM em 300 metros, isso facilitaria o acesso para a Arena e seria uma forma de realizar a integração do espaço, já que a estação funcionaria como uma passagem sobre o ramal ferroviário, permitindo a transposição da linha férrea e, o transporte por ônibus seria feito pelo corredor da avenida Marquês de São Vicente, sendo que o ponto ficaria em frente a Arena, e pelo corredor das ruas Clélia/ Guaicurus, do outro lado da linha férrea.

O objetivo é que o entorno do estádio seja utilizado pela população em dias ociosos de eventos, por isso o projeto pode ser dividido em três anéis, o externo corresponde às áreas verdes, o central a zona de circulação e recepção dos torcedores em dias de jogos, e o interno corresponderia a Arena Esportiva.

A Arena Esportiva foi projetada seguindo o caderno de recomendações técnicas da FIFA para a construção de um estádio. A principal característica adotada para a Arena desde os estudos preliminares foi o de utilizar a estrutura como elemento dominante, sem o fechamento lateral presente nos recentes projetos.

O estacionamento circunda a Arena, a proposta é que esse setor seja um espaço restrito em dias de jogos, apenas para atletas, juízes, imprensa, convidados de honra e deficientes físicos e, nos dias sem eventos de uso público.

O térreo é de uso restrito em dia de jogo, é nesse setor que fica os acessos aos camarotes, tribuna de honra, vestiários e central de imprensa. Todas essas áreas com entradas independentes e conexões apenas onde a FIFA exige, como por exemplo, entre os vestiários e a tribuna de honra.

A capacidade total das arquibancadas é de 53.620 cadeiras, sendo que a arquibancada inferior possui 16.339 lugares, o setor intermediário de acesso à arquibancada superior possui 712 e a arquibancada superior 34.050 assentos.

O acesso as arquibancadas é feito através de 8 rampas, 4 dão acesso a um nível 5.65 metros acima do térreo, é nessa grande laje que se encontram as entradas em nível as arquibancadas inferiores, através de seis portões e, o acesso as arquibancadas superiores, através de 4 rampas até o nível 15.15 metros em relação ao térreo.

As tribunas de honra, camarotes, tribuna de imprensa, rádio e tv estão situadas no nível intermediário da Arena, entre a arquibancada inferior e a superior em um nível 10.65 m acima do térreo, sendo esse pavimento de uso restrito em dias de jogos.

O sistema estrutural é misto, com a utilização de concreto e aço, tentando implantar as peças de acordo com suas melhores propriedades físicas. Os pilares de sustentação são todos de concreto armado moldado in loco, as vigas são de aço, porém, as principais têm seção normal e as secundárias seções especiais, com mesas de largura e espessuras diferentes.

As lajes nas áreas de circulação serão do tipo maciça de concreto armado, incorporada as vigas de seções especiais, com mesa superior menor que a inferior, tornando o perfil mais leve e econômico.

O piso de todos setores de arquibancada serão lajes pré-moldadas com a altura dos degraus dos respectivos setores, sustentados por vigas de aço e içadas por guindastes para sua colocação.O forro composto por placas de concreto pré-moldado localizado nas arquibancadas superiores, além do aspecto formal, tem a função de proteger as vigas metálicas de sustentação dos degraus.

A cobertura é toda constituída por treliças de aço em forma de arco, as treliças principais acompanham os eixos dos pilares e terminam em um anel treliçado que trabalha a compressão. As treliças secundárias são deslocadas em relação aos eixos dos pilares e terminam em outro anel treliçado de compressão, responsável pela sustentação do sistema de iluminação e o placar eletrônico.

O projeto da Arena Esportiva para o Palmeiras surgiu com a intenção de implantar um equipamento esportivo que pudesse ser benéfico para a cidade de São Paulo com relação a organização espacial, principalmente, em uma região com características interessantes de ser trabalhada, já que possui grandes terrenos sub-utilizados, pólos geradores de tráfego próximos e é cortada pela linha férrea que fragmenta o tecido urbano do bairro da Barra Funda.

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