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secao 4!

TIQUATIRA:

nova centralidade

Ramiro Levy

Fabio Mariz Gonçalves

INTRODUÇÃO

A proposta deste trabalho é apresentar alternativas ao atual contexto de periferização da metrópole de São Paulo, tendo como área de referência a Penha. Na transição entre centro e periferia, o bairro apresenta diversidade e complexidade de fatores urbanísticos, sendo palco atual de grandes intervenções urbanas. Devido à chegada de nova estação intermodal de transportes entre o centro histórico e a marginal Tietê, surge oportunidade de mudança na malha urbana existente, reafirmando o bairro como sub-centro do Município de São Paulo.

ÁREA DE REFERÊNCIA

A Zona Leste de São Paulo continua sendo o maior vetor de crescimento da periferia da cidade, juntamente com a área de mananciais na Região Sul da cidade. No entanto, devido ao processo de periferização da área urbana, atualmente, o distrito da Penha apresenta crescimento demográfico negativo, seguindo tendência de outros bairros consolidados centrais. (imagem 001)

DEFINIÇÃO DA ÁREA DE REFERÊNCIA

Devido à extensão da área de abrangência do trabalho e da quantidade e complexidade de fatores e questões a serem observados, priorizou-se alguns temas, destacando-se as intervenções na infraestrutura de transporte, atual uso do solo, zoneamento e propostas de desenvolvimento urbano.

INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

O Plano de Expansão 2007-2014 do Metrô e CPTM prevê para a região a extensão da Linha 2 – Verde até a Penha. Surgirá a Estação Intermodal Tiquatira, abrigando terminal ônibus municipal e intermunicipal e estação de integração do metrô com a CPTM, além de duas outras estações no bairro: Penha de França (no centro histórico) e Penha (integração com a Linha 3 – vermelha). Foi considerada a extensão do metrô até Guarulhos e realocação do pátio ferroviário. (imagem 002)

DELIMITAÇÃO DA ÁREA FOCO

Optou-se por definir outra abrangência para AIU/05 - Nova Centralidade. A opção por um recorte mais pontual, contextualizado e consciente da situação das áreas adjacentes baseou-se na contiguidade de áreas com característica semelhantes; na relação direta de uso e proximidade em relação ao sistema viário e de transporte público e; na capacidade de análise e proposição condizente com o tempo e os resultados esperados para este trabalho.

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO / DESENVOLVIMENTO URBANO

Analisa-se a Operação Urbana Consorciada Amador Bueno e suas possíveis consequências na dinâmica e paisagem da Penha. Não se opõe à melhora da infraestrutura no centro consolidado e espigão central do bairro. No entanto, devido inexistência de um Plano Estratégico de Intervenção Urbanística para a AIU/05 - Nova Centralidade, prioriza-se o desenvolvimento de projeto nesta área, que apresenta parte importante da população vivendo em favelas, existência de terrenos vazios e sub-utilizados. (imagem 003)

POTENCIAL DE TRANSFORMAÇÃO

Entende-se como a possibilidade de mudança que uma área pode sofrer. Foi baseada no atual ocupação e uso do solo; acessos; propriedade da terra e tamanho de lotes e situação sócio-econômica da população existente. Juntamente com a descrição dos usos e ocupação do solo de cada categoria, estão descritos os parâmetros utilizados para agrupar as áreas discriminadas, assim como indicação das diretrizes ou intenções e possibilidades de intervenção dentro de cada área.

A graduação permitiu também nortear o desenvolvimento das propostas de intervenção e grau de detalhamento que cada categoria recebeu. Por isso, as áreas com potencial de transformação médio alto, alto e muito alto foram priorizadas.(imagem 004)

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Aproveitar a oportunidade de mudança para transformar o bairro existente e integrar à nova proposta. Pluralidade volumétrica, diversidade de situações urbanísticas, relação entre edifícios e rua, variedade de gabaritos e composição de visuais. (imagem 005)

SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES

O partido principal resulta da utilização das áreas remanescentes ainda não ocupadas do antigo traçado do Rio Tietê - antes de sua retificação - como conector dos pontos fragmentados.(imagem 006)

REURBANIZAÇÃO DA FAVELA ARICANDUVA

Desadensamento, regularização fundiária, melhorias em infraestrutura, equipamentos e espaços livre.

REMOÇÃO DA FAVELA TIQUATIRA

Remoção das moradias e substituição pelo Parque Tiquatira, realocando a população na ZEIS ao lado.

NOVO BAIRRO

Através de concessão urbanística e outorga onerosa, desenvolver projetos de acordo com as diretrizes e plano de massas da proposta de intervenção.(imagem 007)

TIPOLOGIA DOS EDIFÍCIOS

Três tipologias básicas foram adotadas no plano de massas: blocos horizontais, lâminas e torres. (imagem 008)

INSOLAÇÃO

Alinhamento das fachadas maiores prioriza insolação leste e oeste, afastamento entre blocos garante incidência mínima de sol.

DENSIDADE POPULACIONAL

O resultado possibilita grande quantidade de espaços livres públicos, equipamentos institucionais e infraestrutura incluídos na área de intervenção e, apesar disso, alta densidade de ocupação. Otimização da infraestrutura através do adensamento populacional e afirmação do Tiquatira como nova centralidade na Zona Leste de São Paulo. (imagem 009)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Resultante do processo de análise, especulação e proposição, têm-se um projeto de desenho urbano da AIU/05 – Nova Centralidade. A criação de novo bairro inserido no contexto do bairro existente, prevê as mudanças geradas pela chegada da Estação Intermodal Tiquatira e cria diretrizes e soluções que resolvam os problemas e carências mais urgentes.

Mais importante que o resultado final, foi todo o processo. A priorização das questões e delimitação da área de projeto respondem a dificuldades de acesso à informação, limites de tempo e escala, que impuseram abstrações permitidas e desejadas a trabalhos acadêmicos, para incentivar a busca de idéias e soluções, discutindo os atuais parâmetros impostos à transformação dos espaços urbanos. (imagem 010)

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