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secao 4!

CENTRO DE CONVIVÊNCIA SAÚDE E BEM-ESTAR PARA IDOSOS.

Juliana Carvalho Igima

Antônio Carlos Barossi

INTRODUÇÃO

O presente trabalho final de graduação teve como objetivo o desenvolvimento de um projeto de um Centro para promoção da Saúde e Bem-Estar para idosos. O tema proposto é resultado de uma reflexão acerca da nova carência da população, que segundo dados do Projeto SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento), no período de 1980 a 2025, a população idosa (pessoas com mais de 60 anos) terá dobrado ou até mesmo triplicado em metade das metrópoles latino-americanas pesquisadas, assim sendo, a que mais cresce.

DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E PROJETO

Por se tratar de um edifício voltado a terceira idade, é essencial que este esteja inserido na comunidade que o idoso reside, pois além das dificuldades em se locomover para pontos distantes, permitE a autonomia do idoso e favorece os laços de convivência.

Dessa forma a localização torna-se um fator decisivo para o sucesso do Edifício com esse caráter. Podendo-se destacar a importância da presença de comércios, serviços e transporte no deslocar-se da residência para o Centro. Pois essa convivência com a sociedade é necessária para uma velhice saudável, tanto para a manutenção da independência como também pelos constantes estímulos externos que se experimenta.

Outro fator importante é que o Programa do edifício complemente os equipamentos da vizinhança, pois dessa forma estabelece-se uma relação benéfica e inclusiva, tanto para a sociedade que desfruta de novos equipamentos como para o idoso que ganha em convivência em um ambiente ativo e saudável.

Para implantação do projeto foram feitas análises de dados populacionais, que indicaram a Subprefeitura de Pinheiros como sendo a de maior porcentagem de idosos entre as subprefeituras do Município de São Paulo (seade,2005). Esse dado tornou-se determinante na escolha do Bairro de Pinheiros. No entanto, vale destacar que o fácil acesso ao transporte público e a constatação das necessidades elucidadas através das visitas aos Núcleos de Convivência de Idosos de Pinheiros também tiveram papel preponderante na definição do local.

O projeto priorizou a integração e a convivência, com um programa que busca agregar atividades físicas, culturais e de saúde.

Com terreno plano, de cerca de 3.400 m², o edifício é composto por dois blocos ligados por passarelas. O bloco principal, de 18X36m, abriga todo o programa e concentra a escada de incêndio, o elevador e sanitários em todos os pavimentos, o que traz mobilidade para atender as diferentes necessidades de cada andar. O outro bloco, junto ao limite do terreno, concentra circulação vertical, com as rampas e elevadores.

Por se tratar de um equipamento para idosos, surgiram questões quanto à circulação vertical, pretendia-se desde o início que a circulação entre os pavimentos não se desse apenas pelos elevadores. Assim, apesar de suas dimensões, optou-se por rampas. Além das questões de acessibilidade, esta foi pensada como um grande passeio, onde fosse possível a integração.

A estrutura do edifício é em concreto armado, que será deixado aparente. Essa opção se vale da qualidade estética que esse material pode proporcionar. Sua modulação foi projetada com vãos de 16x8m, dimensões que proporcionam dentro do edifício espaços adequados ao uso que se propõe e, acima de tudo, viabilizam a existência do auditório, elemento do programa que acabou se tornando um dos condicionantes durante o processo de concepção da estrutura. Para as lajes, devido aos vãos e as cargas que serão submetidas, levou-se à definição de um sistema de lajes nervuradas em uma direção, executadas deixando caixões perdidos.

O auditório, com 245 lugares, pretende complementar os equipamentos da região, sendo destinado tanto para pequenos espetáculos, como também para apresentações, dos grupos do Equipamento para Idosos e das escolas do entorno. No subsolo também foi alocada a piscina, esta foi pensada não só para prática de exercício como natação e hidroginástica, mas também nas questões terapêuticas: exercícios de fortalecimento e fisioterapia.

O térreo foi ocupado por uma praça com um pequeno playground, equipamentos de ginástica projetados para terceira idade e um restaurante com capacidade de 80 lugares. A praça surge como elemento de integração, passagem e estar em meio a um bairro com sua ocupação já consolidada e uma área com carência de espaços livres.

No primeiro pavimento um grande vazio integra-o com a praça do térreo, tornando convidativo o uso e a apropriação do espaço. Para tal, este abriga atividades abertas a todo o público, sem restrições de uso ou controle: a sala de jogo e a internet livre.

O segundo pavimento abriga a sala de aula e as salas multiuso, destinadas as oficinas. Para que fosse possível a ampliação, esses ambientes contam com divisórias retráteis. Visto o caráter das atividades, houve a preocupação de criar pequenos pátios, para valorizar a integração e convivência entre os alunos das oficinas.

No pavimento acima se concentram as atividades físicas, um pátio coberto se abre na frente do edifício para que algumas aulas com pequenas turmas possam ser feitas em área externa coberta.

Por concentrar o subsistema de saúde, este é o único destinado exclusivamente aos idosos, buscando o acompanhamento ao idoso, foi necessário focar as especializações no público alvo. Para tal, foi proposto consultórios de ginecologia, geriatria, cardiologia, ortopedia, psiquiatria, psicologia, acupuntura e odontologia, além das salas de coleta, ultra-som, raio-X e vacinação.

A cobertura se transforma em uma pequena praça suspensa. Com menos circulação de pessoas que o térreo, foi pensada para abrigar as diversas atividades que possam ser feitas ao ar livre, além da horta e da sala de culinária.

FICHA TÉCNICA

Local: Bairro de Pinheiros, São Paulo, SP.
Área do Terreno: 3.420,00m².
Área Construída: 8.3631,00m².

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