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secao 4!

Requalificação Urbana na Área Central de São josé do Rio Preto

Tadeu Lulho Melegatti

Oreste Bortolli Jr.

O trabalho se debruça sobre o estudo de implantação de uma edificação de uso cultural, mais rpecisamente um Hall de concertos, como meio gerador de uma revitalização da área central de São José do Rio Preto. Paralelamente à importância urbana desta edificação, as questões técnicas do projeto e das tecnilogias empregadas são levadas a cabo num trabalho que apresenta ambas as vertentes arquitetônica e urbanística.

PROGRAMA

O trabalho consiste no desenvolvimento do projeto arquitetônico de expansão da infraestrutura de cultura e artes da cidade de São José do Rio Preto, São Paulo, com o fim de possibilitar novos horizontes para os programas culturais e educacionais do interior do estado.

ORGANIZAÇÃO - BIÔNICA | PLÁSTICA

“O edifício começa a nascer como uma resposta ao meio orgânico em que se insere, da relação com a água, da paleta cromática do local, da plástica e da importante relação que desenvolve com o conjunto arquitetônico tombado que completa como equipamento. O caráter integrador desse edifício dentro do conjunto dos equipamentos públicos e semi-públicos que compõe o Parque da Represa Municipal e dele como elemento icônico na composição da paisagem, até pela representatividade da organização da Orquestra Sinfônica sediada nesse espaço configura essa intervenção arquitetônica na paisagem urbana.”

ESTRUTURA

A grande complexidade formal, construtiva e os esforços resultantes da conformação orgânica quase que por si determinam um material - ainda antes de um modelo de sistema - para a viabilização estrutural do edifício. Para determinação exata desse material e do sistema estrutural que seria adotado como base para a proposição apresentada nesse trabalho há dois vieses: primeiramente, dentro dos requisitos formais, resultado da exploração de modelos tridimensionais como descrito no item anterior, das duplas curvaturas e os complexos esforços de toda ordem que surgiriam nessa estrutura e segundo da forma de execução em canteiro.

A malha estrutural em peças metálicas, industrializadas previamente e montadas em canteiro, algo como um grande quebra-cabeça envolvendo milhares de perfis dentro de uma determinada modulação de comprimentos, resulta como a melhor opção para viabilização estrutural do projeto. Neste sistema o encaminhamento dos esforços, apesar de mais complexo, pode ser aproximado de um sistema LVP.

VEDAÇÕES

- Internas

Os requisitos de desempenho para as vedações internas estão ligados diretamente a cada parte do edifício, estabelecidos de acordo com cada atividade desempenhada nos espaços enclausurados. Basicamente pode-se dividir esse sistema de vedos internos em duas áreas: os vedos de alto desempenho acústico e os vedos comuns, de desempenho usual.. Essa parcela dos vedos aparecerá nas salas de trabalho, nos depósitos, banheiros, cozinha, salas de administração.

A parcela dos vedos que se enquadram na categoria dos de alto desempenho são aqueles empregados na separação da grande sala de concertos, na sala de música de câmara, nas salas de ensaio de cada naipe de instrumentos e nas salas de ensaio individual. O alto desempenho para esse caso não está ligado somente à isolação acústica dos sons provenientes tanto de fora quanto de dentro das salas, mas também diretamente às capacidades de reflexão do som dentro da sala.

Para a sala de Música de Câmara os vedos trabalhados são os externos, uma vez que esta sala faz divisão com a grande sala de concertos apenas por uma de suas faces.

- Externas

Atingir um nível correto de isolação térmica e acústica para este programa de edificação é a maior meta do sistema de vedações externas. A parte de cumprir esse papel, tanto a massa da vedação quanto o revestimento dela devem ser capazes de realizar as formas complexas propostas de forma racional, industrializada e de custo e durabilidade compatíveis com as edificações de mesmo porte.

O revestimento externo se dá na aplicação do revestimento em chapas de zinco em medidas de 50cm por 100cm.

SISTEMA DE PARQUES LINEARES

“... o estudo passa a ser os problemas de conexão norte-sul através da barreira da ferrovia e o aproveitamento do vazio – da área residual – e sua destinação como elemento de ligação do sistema de equipamentos urbanos.

“Não se trata de um grande rearranjo urbano ou de uma pesquisa extensa sobre o território com intervenções tão grandes que extrapolariam o âmbito deste trabalho. As intervenções propriamente se restringem a um trecho central de pouco mais de 1 km², apropriado dentro da proposta de trabalho.
(...)
“A requalificação dessa porção central da cidade tem reflexos importantes não só na vida do cidadão como nas questões econômicas do município. Em termos do novo desenho urbano da região abordada, espera-se equalizar as questões de trafego e tanto o acesso do local quanto de sua transposição, considerado o problema da barreira ferroviária.”

REFORMA VIÁRIA

O boulevard criado sobre a porção central do traçado da linha férrea é a base da mudança de traçados das vias. Ele segue a norte tomando a continuação da Rua João Mesquita, delimitadora da interface centro-parque, e se une à avenida marginal oeste que seguirá pela lateral do Sistema de Parques até a zona norte da cidade.

A sul ela continua percorrendo o lado oeste do Sistema. Dessa forma se realiza uma conexão direta norte-sul inexistente até o momento. A importância desse novo boulevard criado ao longo da implantação do novo equipamento possibilitou a modificação nos cruzamentos das importantes avenidas Alberto Andaló e Murchid Homsi, antes feito por viadutos sobre a linha férrea, e agora realizado em nível, favorecendo as manobras de retorno e transposição pelos pedestres.

IMPLANTAÇÃO

Durante o processo de desassoreamento da Represa foi tomada uma área residual nesse conjunto de espaços que recebeu depósitos de areia retirada por dragagem. Esta área, que foi tomada como local para intervenção, é um grande aterro, totalmente plano e com cota superior à linha do trem.

Criar uma relação direta entre o conjunto dos edifícios que compõe esta porção do parque foi solucionado através de dois grandes platôs de contorno quadrangular: um para a Swift, outro para o Hall de concertos. A conexão desses platôs é feita pela ampla calçada que se abre em outros platôs menores, dando o ar de conjunto. A vegetação proposta é apenas uma diretriz, preservando-se o existente e ampliando nos contornos dos alargamentos das calçadas. As linhas de palmeiras enquadram o edifício a partir da principal visual, tomada a nordeste da edificação com vista a sudoeste. Juntamente a este edifício e à Swift, participam desta visual a Biblioteca Municipal e o fundo arborizado da praça cívica.

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