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secao 4!

tipologias habitacionais combinadas

JANAINA PACHECO

ANGELO BUCCI

Milhões de brasileiros não têm acesso a moradia digna, o déficit habitacional na cidade de São Paulo ultrapassa 10% da população segundo dados da Prefeitura. Em diversas situações, a resposta ao problema habitacional escapa ao poder público e é enfrentado pela própria população privada desse direito. Surgem assim as ocupações irregulares, precárias na sua formalização e insuficientes para o amparo do cidadão.

Esse trabalho propôs desenvolver tipologias habitacionais na área da favela INPS Mário Cardim e em áreas contíguas localizadas na Vila Mariana, dentro de uma zona residencial em processo de transformação.

A intenção foi estudar a relação de um projeto de habitação de interesse social combinado com outras tipologias habitacionais inseridas num bairro consolidado.

A proposta tirou partido de uma situação particular: uma favela inserida num bairro consolidado da cidade. Questionou-se formas de adensar o bairro com novas edificações sem que ele perdesse as características originais, desenvolvendo tipologias de ocupação contra a lógica aplicada que vem transformando a região atualmente.

O trabalho procurou uma proposta de intervenção com edifícios habitacionais direcionados a uma ocupação diversificada: para a área delimitada pela favela INPS Mário Cardim, classificada hoje pelo Plano Diretor Estratégico como uma área de ZEIS 1, buscou-se um desenho que se articula-se habitação de interesse social com a região e as novas unidades habitacionais não direcionadas ao interesse social. Propos-se assim, um modelo de ocupação contra as diretrizes da ZEIS 1, não segregando, nem setorizando a habitação de interesse social, mas buscando no desenho, proporções de ocupação e uso que a insiram na cidade.

Nas demais áreas de intervenção, não classificadas com ZEIS, ocupou-se também com o mesmo partido combinado tipologias habitacionais entre si e com uso misto. Foram propostas nesse programa de ocupação, além de HIS, unidades habitacionais como as que são lançadas na região, porém questionando o medelo de tipologia usual que além de negarem o espaço semi-público de convivência, descaracterizam aspectos originais do bairro.

É importante destacar que o intuito de se estudar esse tipo de modelo habitacional no trabalho é, não apenas uma crítica sobre sua tipologia e inserção na cidade, mas também um exercício de articulação.

Amplia-se assim o ensaio. O bairro evidentemente dá as costas para a favela, tenta ignorar a existência desse vizinho. Diante desse fato a insistência de buscar a relação desses moradores com a região, não se limitando apenas ao já consolidado na cidade, como também a novos edifícios já pensados para essa situação.

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