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secao 4!

Museu e escola de dança no Brás

Isabela Abrão Martins De Fraia Souza

Fábio Mariz Gonçalves

Introdução

A idéia original deste Trabalho Final de Graduação se iniciou sobre duas premissas, construir um museu relacionado à dança em São Paulo, e implantar-lo na zona leste da cidade. A escolha da zona leste de São Paulo se baseou no fato desta ser a região mais carente em equipamentos públicos da cidade. O processo de trabalho se baseou no estudo das diferentes escalas que envolvem o projeto, desde a inserção urbana, passando pelo estudo do entorno, o paisagismo e por fim o projeto do edifício propriamente dito.

A localização

A facilidade de acesso ao local, já que este se encontra junto às estações Brás e Roosevelt de metro e trem, respectivamente, e a importância para a cidade que se construa, em um terreno que já é publico um equipamento de lazer e cultura são fatores que reforçam a escolha do terreno em questão. A localização ainda perto do centro também reforçou tal escolha, visto que não faria sentido implantar no extremo leste da cidade um centro de tão grande porte, ou seja, que visa atender a escala da cidade, sendo assim, seria mais interessante estar em uma região mais central para que toda a população possa freqüentar o equipamento proposto, mas não deixa de levar, mesmo que aos poucos, o vetor de cultura para a zona leste. Por fim o terreno possui o desafio dos trilhos que o cruza na diagonal, o que se mostrou como um reforço na personalidade única para o projeto. Como o terreno possui uma grande área livre, será previsto um parque que envolverá o projeto do museu-escola.

O edifício

O programa do museu- escola esta voltado para o ensino da dança em geral, e conta também com biblioteca e auditório. Com as instalações que aqui serão propostas, visa- se mais que cumprir as funções típicas relacionadas a dança, de forma que a arquitetura, nesse caso contribuirá diretamente para o método de ensino. Normalmente o ensino da dança acaba se voltando mais para o lado pratico do que teórico, o que não é o objetivo do centro de dança em questão, que pretende ser um pólo de informações sobre dança em toda a cidade e até no estado. A vista do Skyline da cidade a partir da plataforma da estação Brás do metro é muito bonita e interessante, por isso a intenção de projeto é mantê-la, construindo assim um volume de gabarito baixo e transparente quando possível. A bela vista sugere a criação de mirantes de contemplação da cidade, papel hoje cumprido apenas pela plataforma do metro, passará a ser também possível de se ver na cobertura do auditório e na cobertura da biblioteca. Ambos mirantes serão lajes jardim.

Um outro fator importante do projeto, se não o mais, do ponto de vista formal e plástico é a contraposição que a volumetria do edifício faz aos trilhos, com a grande passarela treliçada que cruza o terreno e une os dois volumes se consegue um giro visual de forma que se marca o eixo principal do projeto e assim o mesmo ganha, assim, tanta importância dentro do contexto quanto os trilhos. Os trilhos e a passarela criam uma sensação para quem percorre o parque de que dois eixos se cruzam e formam uma espécie de teto para este local. A relação com o existente também se dá por meio dos ângulos presentes na volumetria da estação, que são referenciados no projeto (especialmente no foyer).

Devido as dimensões avantajadas do terreno se pensou em soltar os volumes no mesmo em diferentes blocos, entretanto obstruir o térreo do parque não era a intenção, dai surgem os volumes opacos e suspensos apelidados de caixas que são conectados pela passarela leve, transparente e treliçada. Para não causar um efeito ?lame, onde os usos de desarticulam devido às distancias, os usos da escola se encontram ao longo do percurso da circulação que nesse caso funciona como uma rua, onde os lotes são as salas de aula, o museu e a biblioteca.

A transparência do volume conector passa a sensação de sair e entrar do edifício sem ter saído de fato, e permitir também a permeabilidade visual e integração com o parque, sem necessariamente, ?quebrar?, o fluxo de pessoas. Os edifícios formam praças internas, e a mais transparente que é a do foyer possui permeabilidade visual e integração visual com o parque e o metro. A estrutura foi pensada de acordo com cada parte do projeto, que de certa maneira sua coesão se faz por meio de suas diferentes partes. As fachadas são dinâmicas devido a volumetria variada e as aberturas feitas de modo a parecer dançar.

Conclusão

Com a busca por um projeto integrado a região e ao entorno somada com a vontade de criar um novo método do ensino da dança junto com a arquitetura, se conseguiu um edifício contrastante, porém suave dentro de seu entorno.

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