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secao 4!

Equipamento Cultural no Grajaú

Natália Carvalho Sampaio

Fábio Mariz Gonçalves

Este Trabalho Final de Graduação tem como tema principal o desenvolvimento de projeto arquitetônico de Equipamento Cultural com nfase em atividades artísticas e corporais. O Equipamento está localizado na região sul da cidade de São Paulo, no bairro do Parque América, pertencente ao distrito do Grajaú na subprefeitura da Capela do Socorro. Além de ser um centro polarizador regional, por estar próxima ao Terminal Ferroviário e Rodoviário do Grajaú, a região tem sua import‰ncia aumentada também pelo fato de estar inserida numa Zona Mista de Proteão Ambiental, dentro da Macrozona de Proteão Ambiental. A inserão se dá pela sua proximidade às represas Billings e Guarapiranga e por conter diversas nascentes e córregos. Logo, este Trabalho conta também com uma proposião urbanística para a região do entorno do Equipamento Cultural, com o intuito de criar novos e mais generosos espaos livres para a população local, facilitar o acesso de pedestres aos inúmeros equipamentos existentes e propostos e melhorar a questão do escoamento das águas no ambiente urbano.

Inicialmente partiu-se da idéia do desenvolvimento do projeto de uma Escola Pública de Danas em um local ainda não definido na cidade de São Paulo. Para isso foi feito um mapeamento de todos os equipamentos relacionados direta ou indiretamente à dana, na cidade. Deste modo pode-se observar a grande carncia deste tipo de equipamento nas zonas periféricas da metrópole. Com o cruzamento desse mapa com dados de existncia de habitações subnormais e de existncia de equipamentos culturais, escolheu-se a uma área no bairro do Parque América, na Zona Sul de São Paulo.

Após esse momento iniciou-se uma etapa de análise e estudo da área, que levou a algumas conclusões: a área é permeada por um córrego, o Ribeirão das Pedras, que corre em direão à Represa Guarapiranga, e apresenta diversas nascentes. Apenas um pequeno trecho do córrego está a céu aberto, envolto a uma praça linear, resultado de uma intervenão da Subprefeitura em parceria com a Secretaria de Habitação. Áreas inicialmente reservadas para serem praças ao longo do curso do córrego, hoje estão tomadas por equipamentos públicos e, portanto, o curso d'água nessas áreas está subterr‰neo. A questão da pouca oferta de áreas livres não é só necessária para a realização de atividades de lazer da população local, mas também para a facilitação do escoamento das águas no ambiente urbano. No Parque América essa questão é ainda mais importante dada a sua inserão na Macrozona de Proteão Ambiental, pela existncia de nascentes e pela proximidade com as represas Billings e Guarapiranga.

Tendo em vista toda as informações acerca a região, chegou-se a conclusão que não mais o programa de uma Escola Pública de Danas seria adequado para o bairro do Parque América. A elaboração de um novo programa e uma intervenão mais ampla seriam necessários. Portanto foram definidas trs escalas de trabalho, na área do Parque América: a escala do bairro, das praças e, por fim, da edificação.

A partir da reordenação dos diversos equipamentos foi possível criar espaos de lazer para a população e trazer novamente o curso d'água para a superfície e para o dia-a-dia dos moradores da área. Para isso, listou-se todos os equipamentos existentes, e seus programas e áreas foram estudados. Após isso foi possível agrupá-los e reorganizá-los, pois os equipamentos pertencem a "classes" de programas que se repetem: equipamentos de ensino e equipamentos de esporte, lazer e cultura.

O Equipamento Cultural proposto é um edifício que originou-se da Escola de Danas pensada inicialmente, mas que teve seu leque programático ampliado para atender às demandas da região. Além disso, graças à compatibilidade de usos, foi possível inserir no seu programa atividades que são realizadas em equipamentos antes existentes, o que contribui para a menor fragmentação dos equipamentos propostos e, logo, para o aumento das áreas livres.

Partindo do princípio que o curso do rio deveria reaparecer, livrou-se o caminho das águas, o máximo, de edificações, com excessão do Equipamento Cultural, que foi implantado num ponto importante de convergncia de pessoas e também das águas. Os equipamentos restantes foram inseridos na malha urbana existente.

Ao aproximar-se mais da área, chega-se na escala das Praças, que são as áreas que estão no entorno direto do edifício proposto. Nesse ponto as águas, expostas, se encontram na praça alagável proposta na Praça da Nascente Sul. Ao longo do curso do córrego nas praças, pretende-se livrar, ao máximo, o solo de construções, criando espaos livres mais "verdes", e deste modo, por oposião, reforando a implantação do equipamento cultural.

Finalmente chega-se na escala da edificação, implantada no encontro dos cursos vindos de duas nascentes que irão contribuir para a formação do RIbeirão das Pedras. Um dos aspectos que nortearam a implantação do edifício foi a localização do palco e principalmente da platéia ao ar livre. A esquina já é entendida normalmente como ponto de encontro e cruzamento de pessoas, porém neste caso, o ponto em questão ganha mais import‰ncia tendo em vista o fluxo de pedestres da região. O térreo praticamente livre facilita o cruzamento dos pedestres vindos das mais diferentes direções, e faz a conexão entre as trs grandes praças do entorno: Praça da Nascente Sul, Praça da Nascente Norte (propostas) e a praça junto ao córrego (existente). O grande volume cerrado do auditório se contrapõe perpendicularmente à l‰mina do edifício, onde se localizam as salas de aula, música, dana e lutas, e, por isso, muito mais "aberto". Em sua cobertura localiza-se um grande pátio aberto e teto verde, de onde se pode avistar o entorno próximo e apreender grande parte do curso do córrego.

Área da Intervenão no Parque América: 0,6 km2
Área das Praças das Nascentes: 33000 m2
Área do Equipamento Cultural: 9200 m2

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