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secao 4!

PLANO DE NEGÓCIOS YBA SOLUÇÕES EM LOGÍSTICA AMBIENTAL E PROJETO INDUSTRIAL NO MUNICÍPIO DE CAIEIRAS

ESTUDO DE CASO: INDÚSTRIA DE COSMÉTICO

SCARLAT MEDEIROS GUERREIRO

Fábio Mariz Gonçalves

Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre o desenvolvimento ambiental de baixo impacto aplicado ao projeto industrial. Como embasamento teórico das possíveis alternativas às deficiências observadas no ciclo sustentável foi desenvolvido também o Plano de Negócios da empresa Yba-Soluções em Logística Ambiental. O projeto de um parque industrial inserido no município de Caeiras se apresenta como protótipo de arquitetura industrial da empresa. A integração da indústria a um parque linear busca estabelecer uma relação lúdica e funcional entre atividades muito distintas: propõe-se a utilizar o contexto industrial como agente polarizador de valorização de uma área com vasto interesse ambiental. Propõe-se também proporcionar esse contato de forma ordenada e transparente, reafirmando o propósito ambiental de conscientização, amplamente divulgado pelo YBA.

O projeto levou em conta uma séria de interferências que são descritas a seguir:

INTERFERÊNCIAS AMBIENTAIS

Foi considerada a insolação, ventilação e fragilidade do solo, além do fato do terreno estar localizado em área de várzea, o que destaca a necessidade de preservação do curso do rio Juquery e da mata ciliar. A construção também foi planejada para ter baixa geração de resíduos, utilizando para isso de modularidade e estrutura em aço, com a maioria dos encaixes parafusados.

Além disso, o projeto tenta promover a educação ambiental através do acesso visual a áreas restritas da indústria.

Por fim, preserva as áreas de encosta e reflorestamento existentes e cria áreas verdes e aqüíferas - tanto por questões de conforto como de lazer.

INTERFERÊNCIAS HUMANAS

Levou-se em conta a necessidade de criar áreas separadas de trabalho e de descanso. As distâncias entre acesso, área de trabalho e área de serviço também deveriam ser as menores possíveis.

Como diretriz, o parque industrial deve ser visível a partir das rodovias e a partir da cidade de Caieiras, pelos parques lineares e do pedestre. Tenta-se potencializar o Marketing e a imagem da empresa, ao mesmo tempo promover a educação ambiental.

A arquitetura da indústria levou em conta os três níveis hierárquicos de função no meio organizacional que, de acordo com o jargão administrativo são:

O nível estratégico (Administração), nível tático (logística, gerenciamento e engenharia de produção) e nível operacional (chão de fábrica).

Além disso, a construção deveria permitir ver os processos de produção da indústria. O objetivo era induzir na organização uma postura transparente em relação ao cumprimento dos padrões ambientais.

INTERFERÊNCIAS TÉCNICAS

Levou-se em conta que o acesso de carga e descarga de materiais deveria localizar-se no nível do solo. Por questões de segurança e manutenção, necessitava-se de facilidade de acesso ao piso técnico. Devido aos riscos de incêndio, os edifícios precisavam manter um distanciamento mínimo.

FLUXOS

Os acessos do eixo da Estrada Bom do Sucesso são destinados prioritariamente a cargas e veículos leves. A linha da CPTM possui grande força, porém ainda é mal articulada, principalmente pelo crescimento desordenado da cidade. O movimento de pedestres na região da estação de Caieiras é constante, incentivado pelo terminal rodoviário. Somente uma passagem em nível e uma passarela mantêm o acesso a áreas de reflorestamento da Cia. Melhoramentos, detentora de mais da metade do território do município. Como única via de transposição para o “além do trem”, veículos, pedestres e cargas cruzam-se em conflito no entroncamento mais marcante de Caieiras.

Assim, o projeto busca confluir e valorizar o passeio ferroviário, estimulando o uso desse meio de transporte que deu forma a Caieiras, mas que atualmente se configura como uma barreira. Além disso, o trabalho busca integrar à rotina dos habitantes as vastas áreas de reflorestamento pelas quais o município é reconhecido, permitindo que eles desfrutem do valor ambiental e paisagístico desses terrenos.

É de grande valia no projeto o uso dos desníveis proporcionados pela topografia local para separar os fluxos industriais de produção e do parque em si. A hierarquia de restrição de controle é imposta de forma indireta por meio de maciços vegetais, cursos d'água e taludes. A fluidez do espaço deve ecoar por toda a extensão do vale do Juquery. A idéia é manter a transparência e integração em todas as esferas, quebrando paradigmas que alienam a indústria do meio ambiente.

Os fluxos são organizados segundo o nível de interação entre os diferentes níveis hierárquicos. Conhecimentos advindos da Engenharia e Administração, além dos trazidos pelas visitas a campo, possibilitaram arranjo mais adequado funcional do programa de necessidades.

O projeto também conjuga vetor horizontal e vertical para a disposição do arranjo físico industrial. Funções com menor interatividade permitem maiores distâncias horizontais. Já as atividades que implicam em maior interatividade estão organizadas pelo eixo vertical. Procura-se proporcionar estímulo psicológico aos funcionários através da alternância do ambiente interno e externo. Assim, os percursos são encarados como indícios de lazer e mudança de atividade. Percursos horizontais, especialmente, são encarados como intervalos de descanso e estimulados por visuais de contemplação do entorno natural e artificial. Ao mesmo tempo em que a passarela é um eixo racional e vital, estruturador do projeto, funciona como eixo de descontração lúdica. Por isso, o paisagismo do nível do solo é pensado a partir da visão de quem anda pelo passeio elevado.

Com o objetivo de diminuir os conflitos de fluxos e interrupção da cadeia produtiva, adota-se cota única para o nível de produção. Ele é totalmente interligado por passarelas com esteiras rolantes, que promovem o fluxo de insumos e produtos.

No caso da indústria de cosmético, a linha de produção segue formato em U, concentrado as passarelas de produção entre os edifícios de batch e de armazém. O edifício de apoio tem localização estratégica centralizada e de fácil acesso a todos os pavimentos, interligando também o edifício de administração e Pesquisa & Desenvolvimento ao resto do complexo.

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