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PORTO:

TERMINAIS DE EMBARCAÇÕES PARA PASSAGEIROS NA REGIÃO DO PORTO DE SANTOS

ALEXANDRE GAISER FERNANDES

ALEXANDRE CARLOS PENHA DELIJAICOV

Porto ou estudo da infraestrutura portuária sob a ótica de um arquiteto urbanista ou apontamentos sobre o sistema de transporte hidroviário na baixada santista ou terminais de embarcações para passageiros na região do porto de santos.

O trabalho consiste no desenvolvimento de propostas de intervenção na região do Porto de Santos, considerando a implantação de terminais de embarcações para passageiros, que estariam inseridos em uma nova rede de transportes metropolitanos da Baixada Santista.

Inicia-se o trabalho com um estudo das infraestruturas portuárias, sob a ótica do arquiteto urbanista. Desta maneira, relacionou-se as infraestruturas portuárias com o território, destacando questões macroeconômicas, geográficas e tecnológicas. Em seguida, faz-se esse estudo em outra escala, da cidade, procurando aprofundar-se no desenvolvimento da relação porto-cidade ao longo do tempo.

Faz-se, então, apontamentos de uma proposta de uma rede de transporte hidroviário para a Metrópole da Baixada Santista. As considerações giram em torno da qualidade do transporte, das diferentes possibilidades e usos desse transporte, da viabilidade da implantação do sistema e das premissas necessárias para seu bom funcionamento. Imaginou-se um transporte de uso cotidiano, de âmbito metropolitano, mas que também pudesse servir para fins turísticos, principalmente para os próprios moradores da região. Tomou-se como referências as embarcações utilizadas pela companhia “Transtejo”, em Lisboa, que podem transportar até 600 pessoas. Porém, imaginou-se que haveriam barcos de menor porte que também fariam parte do sistema.

Pensando o sistema de transporte como um todo, foram determinadas certas premissas para a implantação da rede hidroviária. A mais importante é a implantação de um sistema integrado de veículos leves sobre trilhos (VLT).

Também se considera importante incentivar o uso da bicicleta, sempre projetando bicicletários apropriados, associados aos equipamentos públicos e ciclovias nas vias principais.

Em seguida, foram feitos recortes específicos da região do porto de Santos, para a implantação de terminais de embarcações para passageiros, associados a uma reconfiguração urbana do entorno próximo, com o enfoque ao acesso da cidade à frente d’água. Para cada estudo, além do terminal de embarcações, foi implantado um programa complementar específico para cada local. Este programa foi definido a partir das informações adquiridas nas visitas e nos estudos teóricos.

São quatro estudos de caso:
1. Ao sul de Santos, no bairro da Ponta de Praia e, do outro lado do estuário, no bairro de Santa Rosa, em Guarujá.
Consiste em uma intervenção concomitante nos dois lados do Estuário de Santos, visto a proximidade entre ambos, assim como o grande fluxo de pessoas que atravessam o estuário por esse ponto. Procurou-se reconfigurar o sistema viário e as infraestruturas do local de forma a estabelecer praças e áreas livres com maior qualidade e possibilidade de contemplação do estuário.
2. Na região nordeste de Santos, no bairro de Vila Nova.
Com grande potencial turístico, a praça d’água em frente ao Mercado Municipal de Santos, serve como atracadouro para pequenos barcos de passageiros – as catraias. A intervenção consiste em relacionar novamente a praça com o Mercado, assim como retirar as outras edificações que estão dentro da praça e realocar os programas para o entorno da praça.
3. No bairro de Itapema, no distrito de Vicente de Carvalho, a noroeste da ilha de Santo Amaro, em Guarujá.
A proposta em Vicente de Carvalho reconfigura toda a frente d’água da região, considerando a implantação de um sistema de espaços livres, e diversos equipamentos institucionais.
4. Na região central de Santos.
Uma intervenção de grande porte, considerando o enterramento da rodovia e ferrovia para o transporte de cargas portuárias e um programa extenso, baseado na proposta de intervenção da Prefeitura de Santos, em atual processo de desenvolvimento. O programa inclui marinas, comércio, estabelecimentos turísticos, restaurantes etc. Propõe-se também a implantação de novos edifícios habitacionais, assim como uma praça de equipamentos junto ao terminal de embarcações.

Este projeto tem um desenvolvimento maior, principalmente no desenho do terminal de embarcações para passageiros. Ele seria um dos maiores terminais da região considerando o grande volume de viagens previstas para o local. Pode-se dividir o edifício em quatro elementos distintos: os atracadouros (flutuantes e cobertos), as administrações (que contemplam os programas voltados para os funcionários, assim como bilheteria, posto de informações e banheiros públicos), o bicicletário (com espaço para bicicletaria e aluguel de bicicletas) e o atracadouro para barcos turísticos e transporte privado de pequeno porte.

Finalmente, é importante notar que o trabalho é apresentado através de aproximações sucessivas de escala, por questões metodológicas e de clareza. Mas o desenvolvimento do projeto se realizou concomitantemente nos seus diversos âmbitos. As questões urbanas, por exemplo, influenciam nas questões arquitetônicas do edifícios, e vice e versa.

Outra questão foi a importância das visitas ao local de estudo, que deram novos parâmetros de análise para o trabalho e que definiram o andamento do projeto. A possibilidade de unir uma experiência sensorial aos conhecimentos técnicos adquiridos com o estudo convencional foi enriquecedora.

Em anexo, ao final do caderno, encontram-se um glossário sucinto de termos portuários e algumas referências projetuais utilizadas para o desenvolvimento dos projetos.

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