Este trabalho final de graduação surge de uma pesquisa gráfica que venho realizando desde 2006, quando comecei a trabalhar em escritórios de arquitetura e tomei contato com programas de desenho vetorial, como AUTOCAD, Corel Draw e posteriormente Adobe Illustrator.
No início os desenhos eram explorações livres acerca de padrões gráficos compostos por formas geométricas. A repetição e a sobreposição destes padrões criava uma série de novos padrões, mais complexos. A limitação para a criação destes novos padrões é virtualmente infinita, pois cada parâmetro modificado cria uma nova imagem. Os limites de criação são os limites da criatividade do designer e das capacidades de processamento gráfico do programa de desenho e de processamento de informações do computador usado.
Percebi então que poderia passar da abstração para a figuração, isto é, de desenhos puramente geométricos para composições que representassem idéias mais específicas, através de figuras previamente elaboradas. Estes novos desenhos se mostraram como uma evolução dos primeiros, mas mantinham o princípio de combinação e sobreposição de padrões geométricos.
Neste trabalho buscarei, em um primeiro momento, compreender como o surgimento de novos tipos de tecnologia e novos usos de tecnologias já existentes estão transformando e ampliando a forma como percebemos o espaço e, como consequência, transformando o modo como percebemos este espaço no tempo. Para isso apresentarei conceitos teóricos elaborados por estudiosos do tema, que abordam diferentes pontos de vista. Analisarei em seguida alguns casos em que obras de arte ou projetos de comunicação visual interagem com os espaços em que estão inseridos, gerando novas formas de percepção destes espaços em seus espectadores e usuários.
Finalmente apresentarei uma peça de comunicação visual que busca explorar percepções espaciais diferentes das usuais. Este projeto é baseado em tipos de representação gráfica desenvolvidas por mim ao longo dos œltimos 5 anos, que se configuram como pesquisa formal, podendo utilizar como suporte elementos arquitetônicos, como muros, empenas, pisos e elementos como vidros e caixilharia de edifícios e , principalmente, explorando uma escala arquitetônica para a transmissão das mensagens.
