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secao 4!

Triptippin -

rede social para turismo independente

Juliana Gushi

Carlos Zibel

Este trabalho aborda o processo de criação de uma rede social que promove o turismo independente, chamada Triptippin ("dando dicas de viagem"). A escolha do tema deriva de um desejo pessoal de haver um espaço virtual que potencializasse a experiência de viagem na qual o turista pudesse interagir com as pessoas que moram no local visitado, que tivessem interesses semelhantes, a fim de buscar informações e dicas de atividades para a sua viagem e que atendessem às suas curiosidades e interesses.

Atualmente o turismo é um dos setores mais importantes da economia mundial e segue em franco crescimento apesar dos recentes episódios de tragédias ambientais e crise econômica. Porém esse crescimento se deve principalmente a um tipo de turismo, chamado de turismo de massa, que se caracteriza pelo grande volume de pessoas que viajam em grupos ou individualmente para os mesmos lugares, geralmente nas mesmas épocas do ano (Ruschmann, 1997, apud NASCIMENTO & SILVA, 2009, p.106). Este tipo de turismo, segundo Nascimento e Silva, é o principal responsável pela degradação do ambiente visitado.

Em contrapartida, existe uma tendência atual chamada de pós-turismo que é caracterizada por um tipo de turismo independente, no qual busca-se a personalização da viagem, e a valorização de experiências que possibilitam o sentir da cultura que está se visitando e das peculiaridades características do local.

O perfil do pós-turista é de uma pessoa mais consciente dos impactos causados pela atividade turística e que procuram o autoconhecimento através da observação de outras culturas, respeitando as suas diferenças.

No caso do turismo independente, a Internet se apresenta como uma poderosa ferramenta, uma vez que o turista já não se contenta com pacotes turísticos convencionais. Normalmente, eles preferem buscar informações sobre o local e sobre o que visitar por conta própria. Existem dezenas de sites que vendem passagens e hospedagem, indicando as mais baratas além de fóruns de discussão com dicas de viagem. É possível visitar sites de museus, teatros do mundo todo e, em alguns casos, saber a programação de eventos no local até o ano seguinte. A internet aliada à tecnologia para dispositivos móveis, deu ao homem um poder de quase onipresença, uma vez que permite que ele esteja em contato com o mundo, onde quer que esteja e a qualquer hora. Além disso, os chamados smartphones possuem recursos que substituem vários outros equipamentos utilizados em viagens, podendo substituir até uma mala inteira de objetos de auxílio à viagem.

Após a análise das questões relacionadas ao tema do trabalho, concluiu-se que o espaço virtual a ser criado deveria ser no formato de rede social, pois esta permite uma forte interação entre usuários.

Como toda rede social, esta reuniria pessoas com um interesse em comum: conhecer e entender mais intimamente outras culturas e as suas peculiaridades através da troca de dicas e experiências de viagem, principalmente entre moradores e turistas, de acordo com a afinidade de interesses culturais, possibilitando uma experiência de viagem mais genuína e personalizada. Os usuários poderiam trocar dicas de locais e eventos interessantes nas cidades, dos mais populares aos mais desconhecidos.

Como foi apresentado anteriormente, os dispositivos móveis têm um grande potencial de utilidade para o turista. Portanto, o projeto da rede social deverá prever que o seu acesso será feito principalmente por dispositivos móveis e deverá também explorar os recursos que estes dispositivos oferecem, como câmera de vídeo e sistema de geoposicionamento, podendo substituir a câmera digital convencional e os mapas, além de oferecer soluções práticas e inteligentes como organizar imagens por tema e local em que foram capturadas, indicar o melhor caminho para se chegar a um dos lugares a ser visitado ou usar a geolocalização do usuário para indicar dicas de atividades próximas do local.

Podemos classificar o presente trabalho como um projeto de arquitetura de informação, que pode ser comparado com o projeto de arquitetura de edificação, levando-se em consideração a metodologia do ato de projetar.

A respeito da arquitetura, Lúcio Costa (1940) disse:

"Arquitetura é antes de mais nada construção, mas, construção concebida com o propósito primordial de ordenar e organizar o espaço para determinada finalidade e visando a determinada intenção".

Apesar de Lúcio Costa se referir ao espaço real, da matéria, podemos aplicar esta definição de arquitetura para a arquitetura da informação. Porém, o espaço que se trabalha é outro: o chamado ciberespaço.

Sobre o espaço ciber, Lucia Santaella apresenta a seguinte definição:

"o ciberespaço é o espaço informacional das conexões de computadores ao redor do globo, portanto um espaço que representa o conceito de rede e no qual a geografia física não importa, pois qualquer lugar do mundo fica a distância de um clique." (SANTAELLA, 2007, p. 178)

No ano de 1991, Marcos Novac, publicou um texto chamado Arquiteturas Líquidas do Ciberespaço, no qual dizia:

"Pela primeira vez, o arquiteto não desenha um objeto, mas os princípios pelos quais o objeto é gerado e varia no tempo."(NOVAC, apud SANTAELLA, 2007, pp.16,17)

As fases do projeto de arquitetura da informação também se assemelham bastante com o projeto de arquitetura convencional. Primeiro são definidas as funções que este espaço abrigará (programa de necessidades), depois deve-se agrupa estas funções para se criar um fluxo de navegação lógico e eficiente (organograma de funções) e por último faz-se o projeto de design de interface, que neste projeto começou pelo protótipo desenhado à mão para fazer um desenho de layout inicial e seus acertos. Depois foi realizado o desenho no computador, adicionando texturas, cores e mais detalhes gráficos.

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