O objeto de estudo desse trabalho é o projeto arquitetônico de um centro de formação e capacitação em construção.
O trabalho concatena o projeto e a elaboração de um programa de ensino para o setor. Desenvolve paralelamente conceitos compreendidos na instrução da prática em construção, sendo esse o subsidio para elaboração do programa de ensino, e uma análise do local para implantação do centro.
Para a exploração das variantes da capacitação em construção desenvolvi um mapa conceitual que é a origem do programa do centro. O POR QUE?, PARA QUE?, PARA QUEM? e COMO? são as indagações fundamentais que me levaram ao encontro de conceitos a serem satisfeitos nas respostas projetuais.
POR QUE a capacitação em construção? Porque há QUESTÕES, relacionadas principalmente com a QUALIDADE, o HOMEM, e MEIO AMBIENTE, que identifiquei em algumas experiências de minha formação.
PARA QUE? Para a EVOLUÇÃO, afinal a capacitação em construção é fundamental, assim como todas as formações profissionais, pois acrescenta possibilidades ao trabalhador em diferentes significações.
PARA QUEM? A alta relação entre os campos de atuação interna e externa proporcionam a variedade grande de possibilidades.
COMO? Por meio de um PLANO ACADÊMICO e dos CAMPOS DE ESCLARECIMENTO.
Fundamentado no HOMEM e em sua ATUAÇÃO, o PLANO ACADÊMICO têm como figura principal o MESTRE, representação do PADRÃO técnico e da ORIENTAÇÃO e os CAMPOS DE ESCLARECIEMNTO são 4 grandes áreas de elucidação do conhecimento, encadeadas e complementares: EXPRESSÃO base da CONSTITUIÇÃO para EXECUÇÃO segundo uma LÓGICA.
A região para implantação do projeto é o Interior do estado de SP, no município de Itu, que desenvolveu-se as margens do Rio Tiête e tem relação intensa principalmente com os municípios de Indaiatuba, Porto Feliz, Cabreúva e Salto.
O local de implantação é a Fazenda Paraizo, devido a condicionantes regionais, locais e aspectos particulares do programa de necessidades. O lugar esta sem uso atualmente e possui 3 patrimônios arquitetônicos, Tulha, Cerâmica e Curral, os quais desenvolvi o levantamento gráfico.
Abordei 3 escalas de intervenções: o “Planejamento”, categoria macro espacial, inclui principalmente a relação com o entorno e a organização geral; o “Plano” circunda o traçado de ocupação do “Centro de Formação em Construção” e o “Projeto” é a aproximação de um dos objetos arquitetônico e tem como finalidade exemplificar os rumos pretendidos para as construções do Plano.
O Partido de implantação geral tem como objetivo principal conformar a relação entre o patrimônio histórico arquitetônico para a concepção de um projeto coeso. Para tal a implantação das intervenções esta entre as construções existentes e organizadas centralmente, conforme revelado no Plano de Massas, por um espaço de experimentação e convívio. Os 4 Campos de Esclarecimento ficam atrelados entre si e coordenados centralmente por um espaço de experimentação e convívio que facilita também a constituição da circulação. Dois eixos principais transpassam o projeto, organizando o espaço, as implantações e os fluxos.
A escala do PLANEJAMENTO desenvolve:
-A relação do sitio com o ENTORNO, com duas classes de áreas de proteção; o uso consolidado da sede da Fazenda Paraizo e a área de domínio da Rod.
-Os EIXOS DE INFRA ESTRUTURA, pois para a ocupação dos elementos arquitetônicos existentes, assim como nos novos espaços e principalmente para as atividades curriculares do Centro, devido a natureza de suas atividades, a infraestrutura é substancial.
-A CIRCULAÇÃO. Que salienta o partido adotado e conecta todos os elementos arquitetônicos existentes em dois formatos distintos: deslocamento de pessoas e de materiais.
-As ÁREAS VERDES, as quais são estabelecidas por dois conceitos fundamentais, a interação com o entorno preservado e seu emprego localizado como elemento paisagístico. e
-A ÁREA DE EXPERIMENTAÇÃO, primordial ao projeto, é o local para cada Campo de Esclarecimento testar, ensaiar, examinar, tentar e provar suas indagações e esta desmembrada em 3 segmentos, Central, Fluidos/Redes e Materiais.
O PLANO, onde trabalho em escala mais aproximada e quando se acentuam questões relativas à ocupação principal do Centro de Formação em Construção, aborda:
-A COBERTURA CENTRAL, que complementa a organização estrutural desenvolvida na etapa do Planejamento, cumpre o papel de abrigo para a circulação principal, resguarda o transito de cargas e comporta o eixo de infraestrutura
-A IDENTIDADE, que é a estratégia adotada como meio de apropriação dos elementos arquitetônicos, antigos e novos, manifestando o local de acesso do eixo de infraestrutura nos elementos construídos.
-Os NOVOS ELEMENTOS CONSTRUÍDOS, os quais estão implantados entre o patrimônio arquitetônico existente e são O NÚCLEO DE ORGANIZAÇÃO, a BIBLIOTECA, o Campo de Esclarecimento da EXECUÇÂO, assim como a PRAÇA PRINCIPAL DE CONVÍVIO E O TEATRO ABERTO.
Por fim, a etapa do PROJETO exemplifica a linguagem arquitetônica pretendida no intuito de revelar as características construtivas e assim direcionar as decisões da execução em todo o Centro. O objeto selecionado é o Núcleo de Organização pois corresponde ao mais complexo dos espaços devido seu papel estruturante no funcionamento geral, assim como, a diversidade de suas atividades.
EXPRESSÃO: 600m².
ATELIER PARA DESENHO: 150 m²
SALA DE INFORMÁTICA: 100 m²
ESPAÇO DE AUDIO VISUAIS: 50 m²
MAQUETARIA: 100 m²
LABORATÓRIO DE ESTRUTURAS: 200 m²
CONSTITUIÇÃO: 750m²
ESPAÇO PARA PRODUÇÃO DE MATÉRIA PRIMA: 500 m²
LABORATÓRIOS DE TRATAMENTO: 150 m²
-NATURAIS: 150m²
-METAIS: 150m²
-QUIMICOS: 150m²
-SOLOS: 150m²
CENTRO DE REUSO: 150m²
EXECUÇÃO: 600m²
ARMAZEM:
-MATERIAIS: 150m²
-INSTRUMENTOS: 200m²
SALAS DE AULA: 200m²
LÓGICA: 600m2
LABORÁTÓRIO DE ELÉTRICA: 150 m²
LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA: 150 m²
LABORATÓRIO DE REDES: 150 m²
CENTRO DE PRÉ-MONTAGENS: 150 m²
COMPLEMENTARES: 1425m²
CULTURA
BIBLIOTECA: 200m²
TEATRO ABERTO: 250m²
ORGANIZAÇÃO
REFEITÓRIO/COZINHA: 200m²
VESTIARIO: 50m²
DORMITÓRIO: 200m²
ADMINISTRAÇÃO: 150m²
LAVANDERIA: 25m²
CONVÍVIO COLETIVO: 300m²
CONVÍVIO DORMITÓRIOS: 50m²
TOTAL GERAL: 3975m².
