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secao 4!

Espaços públicos ao ar livre em áreas de passagem no Vale do Anhangabaú

Ana Daniela Pizzatto Dalla Rosa

Luís Antônio Jorge

Motivação do tema

Minha evolução no curso de arquitetura e urbanismo abriu meu olhar para perceber como os diferentes espaços públicos são usados e apropriados, por parte de seus usuários, em distintas cidades do Brasil e do mundo. Meu intercâmbio universitário para Barcelona, Espanha, em 2009-2010, aprimorou e instigou este olhar, porque me possibilitou conhecer diversos lugares novos, com culturas e pessoas diferentes, e me permitiu perceber e comparar como os espaços públicos podem ser diferentes em cada local e contexto, tanto em relação a seus espaços físicos, quanto a como são usados.

Essas vivências me motivaram a estudar esses diferentes tipos de espaços públicos, seja por meio de visitas a alguns deles, como usuária deste espaço, ou pela pesquisa em livros e revistas que tratam do tema, como sua conceituação ou exemplos de projetos; ou ainda pela troca de experiências com amigos que visitaram lugares interessantes à pesquisa. O objetivo é agregar referências suficientes para embasar um projeto de espaço público na cidade de São Paulo.

Introdução

Os objetos de estudo deste Trabalho Final de Graduação serão os espaços públicos das cidades. Espaços estes vistos como qualquer tipo de local que possibilite encontros, convívio social, desenvolvimento de diversos tipos de atividades, que estimule a vida urbana. Podem ser espaços coletivos, espaços abertos, fechados, combinados a equipamentos urbanos, espaços de transição entre público e privado, enfim, o objeto de estudo será qualquer local onde haja a possibilidade de uma vida pública acontecer.

A definição concreta do que seria o espaço público, neste caso, não se faz tão necessária, porque a intenção deste trabalho não é defini-lo, senão entendê-lo. Entender suas peculiaridades e generalidades. Suas diferentes escalas e as conseqüências disso. A intenção é entender sua essência, seus diferentes aspectos que o tornam locais de êxito ou não na cidade, locais em que ocorre sua apropriação por parte de seus usuários como locais de estar, lazer, descontração, encontro, recreação, enfim, pretende-se captar atributos do espaço que o tornam convidativo. Seria o registro de atributos fixos da arquitetura e do espaço - escadarias, coberturas, espelhos d’água, edifícios, rampas, etc-; e os sistemas de fluxos, como seus diferentes cenários com o passar da semana, dia e noite, atividades que ali acontecem, se há feiras, se são área de passagens de pedestres entre outros pontos da cidade, se são espaços que atraem usuários pela presença de comércios, serviços ou equipamentos urbanos, sua relação ou não com habitações, etc.

Este registro, desenvolvido por meio da análise de diferentes casos no município de São Paulo e também em locais fora do Brasil, que serão tratados posteriormente ao longo deste trabalho, terá como objetivo oferecer respaldo para que o produto final deste Trabalho Final de Graduação seja o projeto de uma rede de espaços públicos inseridos dentro de uma área já consolidada na cidade de São Paulo, que considerem os atributos então levantados.

A bibliografia, que inclui principalmente livros de Jane Jacobs, Richard Sennett e Jan Gehl, serviu de respaldo para, além de ajudar a guiar o olhar para certos aspectos antes não percebidos, o melhor entendimento do que significa um determinado espaço público dentro do contexto em que está inserido, seja este um contexto urbano, econômico e social. Esclareceu em muitos aspectos, ao contrário da idéia de um espaço físico que se encerra em si mesmo, a importância de um espaço público de qualidade como mediador de uma vida urbana, do seu papel dentro das relações entre pessoas de uma mesma vizinhança, ou de uma mesma cidade, e também elucidou sobre seu potencial de melhorar qualitativamente a vida de um cidadão em sua relação com a cidade. Forneceu bases também para o entendimento das relações sociais predominantes na atualidade e na forma como isso repercute no uso dos diferentes espaços das cidades.

Diante do conceito de que o urbanismo não é uma ciência exata baseada apenas em dados e teorias, esta bibliografia, por se tratar principalmente da relação do homem com o espaço, forneceu bases para que pudesse se desenvolver a forma de “fazer urbanismo” que parte da observação da realidade para que, a partir disso, se levantem hipóteses e se possa chegar a desenhos de arquitetura para o urbano.

Estes assuntos abordados na bibliografia foram de extrema importância para o desenvolvimento do trabalho, desde o sair para a cidade para registrá-la até o momento de decisão de qual e onde será o projeto final de intervenção.

O espaço público – conceituação

Quanto à conceituação do que são os espaços públicos, duas definições são relevantes para este trabalho. A primeira definição é a de Jan Gehl, “Espaço público é o lugar que possibilita encontros”(GEHL, J. 2006). A segunda definição é de Josep Maria Montaner, “Tal vez en la sociedad de consumo en la que vivimos una definición para el espacio público sería aquel en el que se puede estar sin más, sin actividad, sin obligación, en definitiva, un espacio para perder el tiempo en actividades no productivas sino relacionales o introspectivas; un espacio libre de las presiones del hacer que abocan, en el mundo contemporáneo, invariablemente al consumo. Pensar realmente en el espacio público como espacio de derecho es de una gran complejidad. El espacio público tiene el potencial de ser apropiado y transformado por una ciudadanía en evolución, que destrone la visión androcéntrica del derecho ciudadano. A pesar de sus limitaciones y sus insuficiencias, y de su origen falsamente democrático, el espacio público de hoy puede ser muy positivo para ir construyendo relaciones sociales” (MONTANER, J.; MUXÍ, Z.; 2010). Estas duas definições elucidam muito bem os critérios adotados neste trabalho para que certo espaço fosse considerado ou não como um espaço público. É o local em que se encontram pessoas, em que se realizam atividades não laborais, sem obrigações. É o local onde se aflora a vida urbana.

As relações sociais e o espaço público

Em seu livro La humanización del espacio urbano, Jan Gehl discorre sobre os três tipos de atividades exteriores que se pode desenvolver e que ocorrem ao mesmo tempo: atividades necessárias, como sair as ruas para se dirigir ao trabalho, à escola, universidade, mercado, etc, independente da vontade de se realizar tal ação; atividades opcionais, em que é necessário o desejo da pessoa de sair ao espaço exterior e também dependem do tempo e da qualidade do espaço externo que a ele se apresenta; e as atividades sociais, que podem ocorrer ou não e dependem das outras duas anteriores. Ainda que a qualidade do entorno físico, do espaço público, da rua, parques, ou o que Gehl chama de “espaço entre edifícios” não influencie diretamente no número de atividades consideradas necessárias, o mesmo não ocorre com as demais. As atividades opcionais aumentam drasticamente em situações em que há boa qualidade no entorno físico e isso acaba por afetar positivamente as atividades socais.

Estas atividades sociais podem ser das mais superficiais, como dividir um banco e observar um acontecimento, ou até mesmo cumprimentar, conversar e praticar alguma atividade em conjunto. Há diversos níveis de relações sociais e estas situações encontram terreno fértil para acontecer onde há pessoas reunidas em um mesmo espaço físico. É nesta situação que o projeto de arquitetura pode influenciar e muito como pano de fundo para estas relações entre as pessoas, facilitando-as. Os estudos de caso então apresentados almejam captar estas situações. Mostrar projetos inteiros ou pequenos detalhes que, de alguma forma, propiciem o convívio social, convidem o cidadão a participar do uso, previsto ou espontâneo, do espaço público.

Os espaços públicos visitados.

Os casos estudados foram visitados e registrados por meio de fotografia, croquis e texto, em uma espécie de diário de bordo deste corpo-a-corpo com alguns lugares da cidade da São Paulo. O espaço foi analisado sempre considerando dois aspectos que interagem e modificam um lugar: fixos e fluxos. Estes termos são usados pelo geógrafo Milton Santos em sua definição do que é o espaço e, sendo o espaço público antes de qualquer coisa um espaço, estes termos são aplicáveis neste caso.

“O que é o espaço? O espaço comporta muitas definições, segundo quem fala e o que deseja exprimir. Aqui a voz é a de um geógrafo que propôs algumas formas de enfocar a questão: o espaço como reunião dialética de fixos e de fluxos; o espaço como conjunto contraditório, formado por uma configuração territorial e por relações de produção, relações sociais; e, finalmente, o que vai presidir à reflexão de hoje, o espaço formado por um sistema de objetos e um sistema de ações. Foi assim em todos os tempos, só que hoje os fixos são cada vez mais artificiais e mais fixos, fixados ao solo; os fluxos são cada vez mais diversos, mais amplos, mais numerosos, mais rápidos. [...]Sistemas de objetos e sistemas de ações interagem. De um lado, os sistemas de objetos condicionam a forma como se dão as ações, e, de outro lado, o sistema de ações leva à criação de objetos novos ou se realiza sobre objetos preexistentes. É assim que o espaço encontra sua dinâmica e se transforma” (SANTOS, 1994, pág. 55).

Assumindo-se, no caso deste trabalho, os atributos fixos como aspectos da arquitetura e do espaço físico; e os sistemas de fluxos como os diferentes cenários que este mesmo espaço pode assumir com o passar do dia e da semana, estes termos balizaram a metodologia de análise do espaço público adotada.

É importante reconhecer que, apesar da grande maioria dos lugares públicos mencionados no trabalho terem sido por mim visitados, há alguns que não o foram e ainda assim são citados por terem alguma característica relevante ao trabalho e que serão analisados segundo os mesmo critérios. É claro que estes espaços públicos não se encerram em si mesmos. Sempre há a relação direta e indireta com o entorno em que está inserido e isso pode trazer conseqüências positivas e negativas. Um espaço que esteja onde ninguém passa ou ninguém veja, pode estar condenado ao fracasso. Jane Jacobs, em Morte e Vida de Grandes Cidades, elucida muito bem essa relação com os inúmeros exemplos concretos e estatísticos que se passaram em cidades norte-americanas na década de 60 . Fala da vida pulsante de uma calçada de rua ou de um parque urbano inseridos num local onde há a diversidade de usos e de usuários. A mistura de comércios, serviços, habitação e espaços públicos atrai grande número de usuários às ruas em diferentes horários do dia, o que torna suas calçadas ocupadas, movimentadas e seguras na maior parte do tempo. Essa dinâmica, por sua vez, atrai os olhos de pessoas que gostam de acompanhar o movimento das ruas desde suas janelas e também convida outros a andar pelas calçadas, mesmo que não haja um motivo definido, o que torna o local ainda mais seguro, porque se iniciam as relações de vizinhança e de convívio público. Ainda que se trate especialmente das calçadas das ruas por ser um dos principais exemplos de espaço público da cidade, o que é dito sobre este caso, a meu ver, pode ser considerado para qualquer outro tipo de espaço público projetado. Para Jacobs, “sob a aparente desordem da cidade tradicional, existe, nos lugares em que ela funciona a contento, uma ordem surpreendente que garante a manutenção da segurança e a liberdade. É uma ordem complexa. Sua essência é a complexidade de usos das calçadas, que traz consigo uma sucessão permanente de olhos. Essa ordem compõe-se de movimento e mudança, e, embora se trate de vida, não de arte, podemos chamá-la, na fantasia, de forma artística da cidade e compará-la à dança – não a uma dança mecânica, com os figurantes erguendo a perna ao mesmo tempo, rodopiando em sincronia, curvando-se juntos, mas a um balé complexo, em que cada indivíduo e os grupos têm todos papéis distintos, que por milagre se reforçam mutuamente e compõe um todo ordenado. O balé da boa calçada urbana nunca se repete em outro lugar, e em qualquer lugar está repleto de novas improvisações” (JACOBS, 2007, pág. 52).

Através da mistura de olhares macro e micro para a cidade, para o espaço público em si ou para o lugar de que faz parte, para os atributos fixos e de fluxos existentes nestas diferentes escalas e pela percepção de como tudo isso influencia nas atividades exteriores necessárias, opcionais e sociais das pessoas, criaram-se bases para o projeto de espaço público, que será o produto final deste trabalho. Bases estas relacionadas principalmente com critérios de escolha do local de projeto, aspectos arquitetônicos e programa do espaço público.

O uso espontâneo do espaço público

Um aspecto de grande potencial captado em toda a análise é a capacidade de ativar certos espaços da cidade por meio do estímulo ao uso espontâneo. Com a pesquisa, percebeu-se que essa é uma possibilidade que tem ganhado cada vez mais força. Exemplos destes tipos de atividades espontâneas são pela arte, teatros ao ar livre, instalações que interagem com o público, experimentos, grafite, música, poesia, filmes, projeções, locais para patinação, skate, bicicleta, e, geralmente, são um tipo de apropriação do espaço que cria um vínculo de empatia entre este e o usuário. . Atrai a atenção de um pedestre para o espaço e o convida a participar.

Um exemplo deste tipo de interação é o projeto desenvolvido pela Volkswagen chamado The Fun Theory, que tem como lema provar que a diversão é o caminho mais fácil de mudar o comportamento das pessoas para melhor (“The fun is the easiest way to change people’s behaviour for the better”). Para isso, eles realizam diversas intervenções nos espaços da cidade para promover diversão e isso realmente gera resultados positivos, como a escada em forma de piano instalada na saída de um metrô (The Piano Staircase), para incentivar o uso da escada ao invés das escadas rolantes; e também a instalação de auto-falante em uma praça pública para que as pessoas deixassem a mensagem que quisessem para os demais usuários. Em ambos os casos, o a interação dos usuários com estas intervenções se iniciou de forma tímida, mas, pouco a pouco, ganharam empatia e passaram a ser disputados pelas pessoas.

O interessante também é que esta forma de apropriação espontânea pode ocorrer em distintos tipos de lugares públicos, como túneis, ruas, ruínas, locais demolidos, praças, calçadas, até mesmo locais privados que, por possuir janelas ou aberturas por onde se pode espiar, observar, participar, se tornam públicos. Eles fogem da monotonia e por essa razão são atrativos.

Sociedade e espaço público

Há também alguns aspectos analisados sobre a cidade de São Paulo que devem ser colocados em questão. O primeiro dele é o próprio processo de abandono a que está submetida a maioria dos espaços públicos, desde calçadas, ruas, pequenas e maiores praças. Muitas se encontram depredadas, o que já remete a questão de como gerar um espaço público que não passe também por este processo.

Outro aspecto muito significativo é a freqüente privatização do espaço público, ou seja, o lazer passou a ser um objeto de consumo, em que bares, restaurantes, lojas, shoppings centers, locais privados, cumprem a função destinada ao espaço público, a função de locais de convívio. Pela observação de nosso modo de viver, dos costumes de algumas famílias, do nosso ideal do que é “sair de casa para passear”, se nota que a maioria das pessoas não percebe essa inversão de papéis no contexto em que está inserida. Essa inversão já se tornou tão comum, e acredito que isso muito se deve pela americanização dos nossos padrões de vida, que consideram essa situação normal, não nota como a idéia do ócio, lazer, “sair de casa” está inerente a idéia do consumo.

Em São Paulo, dificilmente se encontra um espaço público com infra-estrutura de qualidade onde se possa sentar, ler um livro, conhecer pessoas, apenas observar o movimento das ruas, enfim, praticar a vida pública. Todos estes aspectos estão muito relacionados e se complementam. O aspecto que provavelmente explique estes fenômenos é o tipo de sociedade que existe atualmente. Vivemos num mundo regido pelas imagens e pelo consumo e isso pode ser levado a diversas esferas. Na da cidade, do urbanismo e arquitetura isso também ocorre. É valorizada a espetacularização, o formalismo, a cultura do consumo de imagens e signos, que permitem a produção de cidades como bancos de imagens. O espaço é consumido como mercadoria e dessa forma, os indivíduos se tornam meros coadjuvantes em relação à dinâmica da cidade. Predomina o “ter” em relação ao “ser” e tornam-se passivos em relação a o que vêem e, no caso em questão, ao espaço público.

Estas questões levantadas até agora - quanto a situação em que se encontram os espaços públicos da cidade de São Paulo e também ao tipo de vida pública que vivemos- , não podem ser desatreladas das realidades a que estamos sujeitos, como a “vida” virtual, em que se propagam os meios de comunicação de massa, principalmente a televisão, e a priorização das relações socais através da mídia e da internet, e também a ascensão do automóvel. Realidades que intensificaram ainda mais a interiorização e isolamento da vida pública das pessoas, se é que assim se pode chamar.

Dessa forma, estes aspectos levaram as pessoas a usarem cada vez menos o espaço público da cidade, a saírem menos às ruas, levou a interiorização da vida ociosa e da vida coletiva. As ruas passaram a ser apenas locais de passagem, conectoras do local de saída e de destino e os espaços públicos da cidade esvaziados. Como já foi dito, são diferentes aspectos que se relacionam, se intensificam, interferem um no outro.

Logo, o desafio do espaço público a se projetar ultrapassa a esfera da análise dos atributos de fixos e fluxos dos espaços públicos que obtiveram êxito quanto a sua apropriação. O desafio é também como usar estes atributos para se criar um espaço que transgrida esta ordem, que ative a percepção de um individuo para participar deste espaço, para participar do que ele oferece e, dessa forma, sair dessa passividade em relação à dinâmica da cidade. Em meio a esta situação potencialmente desanimadora e pelo fato do projeto a ser desenvolvido de espaço público dirigir esforços para romper com esta situação, houve a busca de teóricos que tratassem de saídas quanto a esta passividade do homem público e sua relação com a dinâmica da cidade. Destacaram-se Michel de Certeau (1925-1986), que foi historiador e filósofo francês, autor de A invenção do cotidiano. Artes de fazer; e textos escritos por teóricos da Internacional situacionista (IS), como Guy Debord (1931-1994), cujo trabalho mais conhecido é A Sociedade do Espetáculo, escritor francês, um dos principais autores da Internacional situacionista. Os principais textos da Internacional Situacionista foram compilados no livro Apologia da deriva. Escritos situacionistas sobre a cidade, organizado por Paola Berenstein Jacques. Segundo Certeau, “o homem seria capaz de imprimir no espaço seus momentos de intensidade e ruptura em relação ao cotidiano a partir de táticas de resistência, suas artes de fazer” (TRAMONTINO,2011). Por exemplo, a opção de mudar trajetórias de caminhos ao invés de manter sempre o mesmo percurso ou realizar ações que rompam com um status pré-estabelecido, ou seja, sua arte de fazer. Essa teoria pode ser relacionada com a intenção projetual de incentivar a apropriação do espaço por parte de um cidadão, criando um espaço convidativo ao uso que rompa com a situação de passividade em relação ao cotidiano a que está submetido. Para os Situacionstas, isso seria “usar a arquitetura e o ambiente em geral para induzir à participação, para contribuir nessa revolução da vida cotidiana contra a alienação e a passividade da sociedade. (…)A idéia central é a construção de situações, isto é, a construção concreta de ambiências momentâneas de vida, e sua transformação em uma qualidade passional superior.“ (JACQUES,2003, págs. 20 e 21).

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