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secao 4!

Habitação Universitária e Hostel no Bairro da Liberdade

Jéssica Naomi Futema

Fábio Mariz Gonçalves

Este trabalho traz como proposta a implantação de um conjunto de edifícios no centro de São Paulo, mais especificamente no bairro da Liberdade. O programa, multifuncional, se desenvolve em quatro blocos: habitação, hotelaria, comércio e estacionamento.

Após alguns estudos iniciais, optou-se por enfocar o projeto em um público alvo, que no caso, seria a população jovem no geral. Assim, a habitação será voltada a estudantes universitários e a estrutura hoteleira será um albergue da juventude.

A opção por este nicho dentro de uma população global de usuários se deu por alguns motivos, dentre eles: a constatação da insuficiência de ambos os tipos de edificação na cidade. É raro encontrar tanto moradias estudantis quanto hostels em São Paulo. Em segundo lugar, foi considerado o local de implantação deste projeto. Desde o início, o objetivo era de localizar o projeto em uma área central, devido à infraestrutura existente e às altas potencialidades oferecidas por estas regiões.

O desenvolvimento se deu em duas etapas: na primeira, foram realizadas pesquisas teóricas sobre o tema escolhido, traduzidas em visitas de campo e estudos de caso de exemplares de edificações de habitação universitária e de hostels.

A segunda etapa, de projeto, ocorreu basicamente no segundo semestre do TFG, sendo amparada pelas referências projetuais estudadas anteriormente e pelas orientações.

Ficha Técnica:

O conjunto se desenvolve em duas etapas: a primeira, que abrange os pavimentos baixos, se traduz em um único volume, ocupando grande parte do terreno. Após o segundo pavimento há uma clara divisão entre os blocos funcionais do projeto. O volume que está à frente do lote, mais baixo, é o hostel. O volume mais alto que está aos fundos, é o edifício comercial. O hostel está em contato direto com a praça, sendo acessível através dela. O edifício residencial se sustenta sobre pilotis, configurando uma praça semi coberta e o acesso se dá pelo volume singelo da caixa de escadas.

Além disso, neste conjunto existem duas praças elevadas de acesso franco, configurando espaços de lazer e estar, tanto para moradores e hóspedes, quanto para visitantes.

O projeto se desenvolve em sete tipologias de pavimentos: térreo comercial; subsolos 1, 2 e 3; primeiro andar - comercial e praça elevada ; segundo andar - praça elevada e pavimento tipo - habitação e hostel. O bloco comercial ocupa três pisos, mas possui uma diferenciação entre os tipos de lojas em cada pavimento. No térreo estão localizadas lojas comuns e um café. No primeiro subsolo há uma loja âncora e algumas lojas convencionais. No primeiro pavimento estão os restaurantes e a praça de alimentação. O objetivo desta distribuição é de promover a circulação de pessoas pelo conjunto, impulsionando o comércio, e consequentemente, garantindo a sua viabilidade.

Além das áreas comerciais, existem outros atrativos no projeto. As praças elevadas, por exemplo, são grandes espaços de estar abertos ao público frequentador do edifício, ou seja, elas são acessíveis tanto aos consumidores do bloco comercial, quanto aos hóspedes do hostel e aos moradores do edifício residencial.

Acima das praças se desenvolvem dois volumes distintos, o maior é o edifício residencial e o menor, o hostel. Em ambos os blocos, os dormitórios foram dispostos dos dois lados de um corredor que quase se alinha ao eixo norte-sul, recebendo boa iluminação natural. As áreas comuns dos dois edifícios foram dispostas na fachada sul, devido às boas condições visuais desta direção.

O edifício residencial é composto por dois blocos onde estão dispostos os dormitórios, unidos por um terceiro bloco onde estão as áreas de uso comum. No total existem 23 apartamentos por andar, divididos em duas tipologias base e uma unidade de acessibilidade universal.

Todos os dormitórios possuem um banheiro privativo, espaço para closet e um varal externo, protegido por uma chapa de aço perfurada que fica à frente do caixilho do banheiro. As unidades voltadas para oeste possuem uma pequena varanda, que além de proporcionar uma área aberta, também funciona como um elemento de proteção contra o sol.

As áreas de uso coletivo consistem em: cozinha, lavanderia, sala de TV, espaço para estudos, além de um estar localizado junto à entrada dos elevadores, na circulação entre os dois blocos de apartamentos. Existem ainda as áreas operacionais, que contam com m depósito para materiais de limpeza e também um depósito para lixo.

A circulação entre os dormitórios, apesar de coletiva, está em uma zona de maior privacidade, uma vez que é separada das demais áreas por uma porta dupla, na extremidade do corredor.

Tratando do edifício aonde funciona o hostel, o pavimento tipo é composto por dormitórios coletivos e privativos. No total, existem sete dormitórios coletivos, abrigando entre quatro e oito pessoas cada um, totalizando uma capacidade para 40 hóspedes. Os dormitórios privativos são três, dentre eles, um inteiramente acessível, todos eles contando com instalações sanitárias próprias. Existem sanitários de uso coletivo no final da circulação horizontal, além de um sanitário acessível coletivo e dois lavabos localizados na área comum.

A preocupação com a acessibilidade universal é atendida em todos os espaços coletivos, incluindo os dormitórios, evidenciando o caráter de inclusão que um hostel deve possuir. Em cada pavimento existe ainda uma pequena área de convivência, que conta com um estar, uma sala de TV e alguns computadores.

Desde o início, sendo observadas as potencialidades da área de implantação escolhida, foi optado pelo uso do coeficiente de aproveitamento máximo. Como consequência deste partido de projeto, obteve-se o maior número possível de unidades habitativas no residencial e de dormitórios no hostel, mas sempre levando em consideração o bem estar e o conforto dos usuários destes espaços.

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