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secao 4!

Plano Diretor Unifesp Vila Clementino

Mariana Mayumi Hiroki

Francisco Spadoni

A escolha do tema para este trabalho de graduação surgiu através da vontade de se estudar a relação dos equipamentos de saúde pública e a cidade de São Paulo.

Desta forma, dentre os exemplos pontuais, a unidade Vila Clementino do campus Unifesp-São Paulo acabou se destacando por ser um campus aberto, ou seja, compreende uma área em contato direto com o tecido urbano, sem haver uma separação física entre ambos. Além disso, o bairro possui uma grande concentração de hospitais e locais de atendimento e tratamento, como: Hospital São Paulo, Hospital do Rim e Hipertensão, Associação Cruz Verde, APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo, Amparo Maternal, Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Câncer (GRAAC), além de unidades da própria universidade que oferecem atendimento à população.

A Vila Clementino, parte da subprefeitura de Vila Mariana que já havia proposto em seu Plano Regional Estratégico algumas diretrizes acerca da acessibilidade principalmente na Rua Pedro de Toledo, é considerada por este como “Pólo Hospitalar”, porém foi realizada somente a reforma das calçadas, de forma a facilitar o trânsito de deficientes físicos, nas principais vias de acesso (Rua Pedro de Toledo e Rua Borges Lagoa).

A acessibilidade, sendo um termo abrangente ao considerar diferentes níveis de dificuldade de deslocamento das pessoas, também deve estar associada aos espaços da universidade, já que muitos deles realizam o acompanhamento de pacientes do Hospital São Paulo, que é um hospital-escola. Mas não é o que se nota ao passar pelas várias quadras do bairro, muitas casas são alugadas - cada um dos sobrados atende uma especialidade - evidenciando a necessidade urgente por espaços adequados para melhor atendimento à saúde da população. É importante ressaltar que estas casas não foram alugadas segundo um critério de organização de usos e/ou proximidade, de forma a identificação de cada uma delas pelos pacientes e mesmo por aqueles que trabalham ou estudam na região não é imediata.

A partir da construção de novos edifícios que visam a aproximação dos espaços que compõem a universidade, está sendo implantado o Plano de Verticalização elaborado pela prórpia universidade. É o caso dos edifícios Pesquisa 1 e Pesquisa 2 (obras já concluídas), Hemocentro (em etapa de finalização) e o edifício que abrigará toda a parte de atendimento e acompanhamento de pacientes - ainda em construção. O Plano não visa uma identidade entre os edifícios, no que se refere a partido arquitetônico, acabamentos, ou gabarito. Também não há uma certa coerência na escolha dos lotes pra a verticalização, pois a universidade acaba por se limitar à oferta de terrenos disponíveis e de acordo com as diretrizes da prefeitura.

A história do desenvolvimento do espaço universitário, bem como sua atual gestão leva a concluir que há falta de um Plano Diretor que vise integrar todos estes edifícios e que promova, de forma mais clara possível, uma orientação para os seus transeuntes.

Além disso, segundo Conass, 2003, p.34, “A Constituição Federal de 1988 redefine o conceito de saúde, incorporando novas dimensões. Para se ter saúde é preciso ter acesso a um conjunto de fatores, como alimentação, moradia, emprego, lazer, educação, etc.” - portanto, este trabalho irá além da proposta de reorganização espacial e estratégica do campus com o projeto de um centro esportivo, um complexo habitacional para estudantes e flat.

Ficha técnica:

Centro Esportivo

Ficou claro com o PDI - Plano de Desenvolimento Institucional que não há previsões de moradia estudantil no campus Vila Clementino.

Juntamente com a idéia de se trabalhar com o projeto de um flat, a busca por uma quadra passível de intervenção e mais acessível possível, só poderia ser escolhida a quadra que abriga os programas esportivos.

Não foi considerada a possibilidade de eliminação do programa de esportes porque poderia haver um aproveitamento maior pelos usuários deste espaço, ainda mais depois da inauguração da estação de metrô.

Desta forma escolheu-se aderir a um programa de recuperação através de fisioterapia, que poderia se extender a outros serviços, dentro do centro esportivo.

Procurou-se manter o mesmo programa da A.A.P.B. com exceção da quadra de tênis, pois deve ser instalada em espaço aberto, e na cobertura estas não funcionam muito bem pelo limite de proteção em altura que deve ser colocado.

O edifício se desenvolve no térreo como uma grande passagem para quem transita entre o hospital e a estação Vila Clementino com um bar/restaurantede um lado e o acesso ao edifício do outro.

As piscinas se concentram no subsolo para não haver o carregamento da estrutura e são três: uma piscina semi-olímpica, uma piscina acessível destinada a tratamento fisioterápico e uma piscina de recreação.

No primeiro andar, se localiza a quadra poliesportiva, que é o espaço determinante do vão estrutural a ser considerado. e na cobertura se encontra a academia com uma pequena pista de corrida, semelhante a uma parte da cobertura do Conjunto Nacional.

O vão estrutural foi vencido com treliças planas de 2,25m de altura e foram escolhidos pilares tubulates de seção quadrada para transferência das cargas. A seção quadrada foi escolhida especialmente porque já é um pilar robusto e qualquer outro perfil de chapa necessitaria de uma proteção que acabaria aumentando ainda mais as dimensões deste.

A cobertura da academia passa por cima da caixa d’ água não a deixando aparente e é sustentada por suas linhas de pilares existentes próximos à torre de acesso e por perfis tubulates que se localizam junto ao fechamento de vidro que dá para a grande varanda.

Moradia Estudantil

Este projeto de habitação para estudantes compreende o restaurante universitário no térreo, como proposta para um local adequado para receber este tipo de programa e não incentivar o “espaço temporário”, o “puxadinho” da universidade.

Ainda se desenvolvem no térreo unidades de comércio, para manter a dinâmica urbana e diminuir a insegurança. A entrada para este edifício é recuada, permitindo a exisência de uma cobertura.

A implantação se deu através dos critérios já citados no Plano Diretor, onde o alinhamento da calçada é uma das principais características das quadras do bairro.

Ainda prevendo um flat, neste conjuto de edifícios que dividirão a mesma quadra, optou-se pela escolha da área com desnível para o edifício, garantindo a acessibilidade dos possíveis pacientes a se hospedarem. Como o edifício comercial se localiza no lode vizinho, escolheu-se por direcionar as fachadas para a quadra do Hospital São Paulo, ou seja, para a R. Napoleão de Barros, ficando o corredor de acesso voltado para aquela fachada.

Segundo Newman, 2003, p.162,“Universities are best able to meet teh different housing needs of students and faculty if alternatives are offered as to cost, social character, and amenities. Residence halls with shared and private baths should be available for undergraduates. This housing type provides teh social setting to integrate new students into large groups of their peers. Suites, which allow group group living on a smaller scale, and apartments should be also available to undergraduates. Generallly, graduate, couples, and faculty housing consists of apartments, duplexes, and single-family houses.”, a partir desta afirmação foi considerada a necessidade da variação de unidades, pois alguns se sentem confortáveis de dividir o mesmo apartamento, outros não, dependendo da idade, personalidade, etc, e os banheiros serão sempre privados, por uma questão de manutenção e privacidade.

Assim, foram concebidos 5 tipos de unidades, duas delas do tipo kitnet, um apartamento de 1 dormitório e 2 unidades com dois dormitórios.Entre as unidades acessíveis, há um kitnet e uma unidade de dois dormitórios., localizados nas extremidades do edifício, porém com acesso facilitado ao corredor de acesso, elevadores e escada de emergência.

Algumas unidades possuem varanda, de modo a criar uma dinâmica na fachada, neste caso principalmente as kitnets, por não possuírem área de convívio.

No mezanino ficam salas de estudo, uma sala de convívio e jogos, e também o serviço de saúde dos alunos. Este espaço pode ser modificado conforme as necessidades dos estudantes.

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