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secao 4!

Aricanduva:

uma nova proposição urbana

Saulo Andrade Yamamoto

Fábio Mariz Gonçalves

Pra realizar esse trabalho, eu o dividi em seis tópicos principais,
1. Uma introdução à problemática da cidade, para tentar entender um pouco o que são os rios de são Paulo, e identificar qual seria o rio ideal para a intervenção.
2. Uma análise do rio Aricanduva e entorno, identificando suas características que guiariam o projeto.
3. Uma análise das condições do transporte público, sistema viário e acessibilidade da região, para poder propor uma alternativa.
4. Uma análise do uso e ocupação do solo e proposta de novo zoneamento e edifícios habitacionais
5. Uma análise da bacia do rio e proposta de novo leito do rio
6. Proposta de área verde

Então, para estabelecer um início de trabalho, eu isolei os quatro principais rios da cidade.

Os rios de São Paulo, a partir do plano de avenidas de Prestes Maia da década de 20, foram utilizados como balizadores das avenidas que estabeleceriam as conexões da cidade, com canalizações à semelhança de rios da Europa, como o Rio Sena.

Adaptações à parte, os rios foram assim incorporados ao tecido urbano, sempre desejoso de novas áreas próximas para crescer, encaixando os rios em canais estreitos para liberar a várzea para ocupação. O problema é que os rios tropicais possuem um comportamento muito distinto dos rios europeus, mais incontroláveis e imprevisíveis. Os rios europeus, provenientes do degelo nas montanhas, possuem uma variação de volume lenta e constante. Os rios tropicais, por outro lado, variam conforme as chuvas, podendo alagar toda a sua várzea em questão de minutos. O resultado, a gente já conhece.

Isso, aliado à falta de vias de transposição dos rios, os torna não em vetores de desenvolvimento, mas barreiras, que podem ser atestadas ao estudar mapas de indicadores socioeconômicos.

Escolhi o rio Aricanduva para aprofundar os estudos, uma vez que é o rio de menor grau de consolidação urbana, ainda com muitas edificações subutilizadas ou abandonadas, de comércio formado basicamente por concessionárias e depósitos, que pouco geram renda e emprego.

A área de intervenção será limitada nesta região destacada, pois as condições de transposição e alagamento do rio são mais críticas nesse setor. Isso porque, em direção à nascente, ele não alaga, e em direção à foz, são outras questões de transposição que se impõe, com o viaduto, canalização e favelas sob o viaduto, restrinjo a intervenção à área compreendida entre o shopping Aricanduva e o córrego rincão, principal foco de alagamento.

Apesar de ser uma região bastante degradada, existem sim alguns usos mais relevantes. Uma telha norte. O parque vila Manchester, da década de 1920, primeiro loteamento da região com alguma qualidide, mas que infelizmente não influenciou em nada o urbanismo do bairro. Tem um centro de escritórios, um edifício imenso, obra realizada pelo governo federal. O cemitério vila formosa, o maior da cidade. Um Carrefour. O shopping Aricanduva, o maior da América latina. Um céu e uma biblioteca pública. Uma etec. E a apa do Carmo, maior área verde inserida no tecido urbano, o parque do Carmo e SESC Itaquera.

É um lugar, que até tem bastante coisa, muitas escolas públicas e mais área verde do que boa parte da cidade. Mas o rio causa tanto transtorno que engessa o desenvolvimento da região.

Aproveitando esse potencial, sobretudo por estar perto de dois dos maiores parques da cidade, o parque do Carmo, e o parque ecológico do Tietê, estabeleço quatro frentes de intervenção para elevar a região a todo o seu potencial, seja ele ambiental, propondo um corredor verde que os conecte, ou econômico, levando estrutura e incentivo para o desenvolvimento da região.

O primeiro tópico, Transporte. Duas propostas, a linha de vlt que começa junto ao metrô, costura as duas margens do rio e volta para o metrô, para implementar uma maior acessibilidade do bairro, estimulando o desenvolvimento da outra margem do rio.

E A linha de metrô, seguindo pela avenida conselheiro carrão e avenida rio das pedras, que neste mapa aqui eu indico o local para as possíveis estações.

É importante notar, no entanto, que indico o local para 24 estações, a 500 metro de distância entre elas. Não é a distância ideal, sendo mais adequado uma a cada um km. Esse é um estudo mais voltado para apontar que, em 90% dos lotes indicados, eles são subutilizados, ou recebem um posto de gasolina, todos de fácil remoção para a inserção das estações de metrô.

No segundo tópico, proponho que os lotes vazios e subutilizados sejam desapropriados para receber a construção de edifícios habitacionais que receberiam a população local que venha a ser desalojada devido a obras de requalificação do rio.

Destaco também que, para evitar possíveis desvios de finalidade, ou negligência por parte do promotor das obras, primeiro seriam construídas as habitações, para só então prosseguir com as desapropriações. Dessa forma, ninguém ficaria sem casa, dormindo em ginásio, esperando obra terminar.

Baseado na área alagável, eu identifico aqui os lotes a desapropriar, sendo os amarelos, residenciais, e os vermelhos, de comércio e serviço, a maioria garagens, depósitos, etc. Desaproprio também uma creche e um clube de malha do parque vila Manchester, que serão reconstruídos prontamente dentro da estrutura do parque, propiciando outros usos a ele, que a mera contemplação, dando uso em diversos horários. Essas desapropriações alcançariam o número aproximado de 2000 habitações, que estão previstas nos edifícios propostos para os lotes pré-estabelecidos.

A conclusão é um parque e um novo zoneamento para a área de intervenção.

O zoneamento demarcado pela cor laranja escura teria uma taxa de ocupação básica de 2 e máxima de 4 o rosa, uma taxa de ocupação básica de 1 e máxima de 2,5.

Com isso, eu estimularia o desenvolvimento, inserindo edifícios de comércio e serviço que agregariam muito mais emprego e valor à região.

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