O trabalho tem como foco o projeto de um edifício anexo à Escola Estadual Cidade de Hiroshima, localizada na Zona Leste da Capital, no Bairro de Itaquera, aproveitando área pública dentro do Parque do Carmo, integrando esse exuberante espaço, privilegiado pela natureza preservada, ao estabelecimento de ensino.
A idéia central é que o projeto abranja, não só um Instituição de Ensino, mas também os planos urbanísticos do entorno, levando em consideração as relações com a comunidade local e a vocação do Bairro, criando um modelo e uma proposta que atenda não só às exigências existentes, como também faça críticas, revisões e adequações no sentido de compreender quanto uma Escola, uma Instituição de Ensino, influencia a vida e o futuro das pessoas que nela estudam.
O presente trabalho adotou a organização em tópicos assim dispostos:
- História da Arquitetura Escolar;
- Escola Modelo;
- História local;
- Situação atual do Local e Entorno;
- Plano Regional Estratégico;
- Preservação Ambiental e Sustentabilidade/Conforto Ambiental;
- Projeto/Propostas;
Dá uma idéia da evolução histórica da construção de prédios destinados à instalação de unidades escolares, a partir de 1949, bem como apresenta a idéia inicial de propostas pedagógicas e como tudo isso evoluiu até os dias atuais.
Discorre sobre as formas adotadas atualmente, tais como CÉUS (CENTROS EDUCACIONAIS UNIFICADOS) e CEIs (CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL), criados em 2001 no governo de Marta Suplicy, projetos coordenados pelos arquitetos Alexandre Delijaicov e Andre Takyia e suas bases conceituais.
Associa essa idéia, para enfim apresentar a proposta de evolução da escola secundária, para uma escola secundária profissionalizante, salientando a importância da evolução das construções escolares, de forma a identificar a proposta deste trabalho.
São apresentadas como modelo deste projeto alguns casos encontrados no livro da FDE a respeito de restauro, casos estes em que foram construídos anexos visando aprimorar e/ou complementar as atividades, incluindo a reforma das instalações existentes.
Aqui é apresentada uma perspectiva histórica do Bairro desde a sua criação, traçando um perfil de sua população e apresentando dados sobre a sua vocação.
Este tópico apresenta a situação da área em estudo, bem como do seu entorno, de forma a estabelecer um visão ampla no que se refere às operações urbanas implementadas e também em fase de execução, fornecendo dados e imagens do prédio existente e da área na qual se pretende a intervenção das reformas e construções previstas no projeto.
Nesse passo, se houve por bem apresentar uma rápida visão quanto aos planos de desenvolvimento e infraestrutura da região, além de vislumbrar os aspectos ambientais.
Além disso, demonstra a importância do projeto em função da proximidade com o Pólo Tecnológico e Pólo Industrial de Itaquera e proximidades.
A descrição da situação atual do edifício existente também compõe o quadro dessa análise preliminar, fornecendo dados importantes para a compreensão do que foi proposto.
Aqui é apresentada uma cronologia, a fim de verificar a evolução da arquitetura, do moderno ao contemporâneo, bem como uma análise de três marcos arquitetônicos, sendo o primeiro o Museu encomendado pelo senhor Solomon R. Guggenhein e a Baronesa Hilla Von Rebay para abrigar a coleção pessoal, o segundo o Museu de Bilbao e o Museu Maxxi, este Centro de Artes Contemporâneas projetado por Zaha Hadid e Patrik Schumacher em 1997 e inaugurado em 2009.
Além desses marcos, apresenta também o projeto do Museu Guggenhein de Nova York, Estados Unidos, de Frank Lloyd Wright.
A apresentação do projeto, propriamente dito, demonstra a aplicação desses conceitos, de forma a produzir uma concepção que demonstra fluidez, harmonia e integração com o ambiente.
As formas propostas, hexagonais, apresentam soluções práticas e visuais apropriadas e inovadoras, proporcionando excelente aproveitamento dos espaços, iluminação, isolamento acústico, ventilação e conforto.
Além disso, a interferência no espaço do Parque é positiva, na medida que, além de não prejudicar a flora existente, cria um novo espaço público sob a construção, de tal forma que pode-se instalar ali projetos voltados aos usuários do próprio Parque, como exposições, espetáculos musicais e teatrais, além de outras atividades lúdicas e culturais.
A noção de integração da estrutura com a natureza e o ambiente existente é clara, até mesmo no que se refere aos pilares inclinados, os quais têm sua concepção para que se assemelhe a uma árvore, ampliando-se nas bases superior (copa), inferior (raiz) e compactando-se ao centro (tronco), proporcionando total integração.
