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secao 4!

Olhares sobre espaços da cidade

Érika Akemi Ozako

Artur Simões Rozestraten

O trabalho de caráter experimental, apoia-se na deriva como processo de aproximação para iniciar uma investigação sobre a cidade, tomando como ponto de partida a casa, o bairro, onde encontram-se as raízes da família.

A partir da experiência direta, promove uma discussão entre teoria e vivência da cidade em uma revisão crítica da metodologia "tradicional" que segmenta o processo projetual e em contrapartida, propõe-se um caminho em que não há uma ordem ou hierarquia estabelecida entre o pensar e o fazer.

O contato com a cidade é feito por percursos a pé, sem trajetórias pré-definidas ou lugares eleitos como estudo de caso. As impressões de cada percurso são registradas em anotações que, juntamente com fotografias e mapas constituem um conjunto de materiais cuja produção e revisão promovem uma reflexão a cerca do objeto de estudo e do próprio processo investigativo.

A exploração gráfica de meios para efetuar o registro dos espaços percorridos e da própria experiência do andar decorre no acréscimo de elementos à planta (alfinetes e da linha de costura) que lhe conferem a terceira dimensão e assim é possível efetuar a representação conjunta da topografia e do movimento, demarcando pontos em que o percurso é alterado em função das solicitações do terreno e os lugares de interesse revisitados, identificados pela sobreposição nos percursos, assim como é possível identificar o ponto de partida e chegada de todos os percursos, que é a casa.

O outro recurso de representação do espaço utilizado é a fotografia e esta apresenta-se no trabalho em dois momentos. No primeiro, como atividade complementar à deriva, e proporciona pela criação de imagens uma observação mais atenta, desenvolvendo um olhar crítico e a habilidade de produzir seu discurso visualmente. Em um segundo momento, que poderia ser entendido como um exercício de "meta-observação", isto é, observa-se a si mesmo através da revisão do que foi capturado nas fotografias, enquanto sujeito que observa o contexto e assim evidencia-se com mais clareza, o tema da relação entre os espaços público e privado como mote desta investigação.

Da busca por uma síntese que apontava para uma montagem de mapas e fotografias, resulta o projeto e construção de um objeto-caixa, metáfora do processo projetual e da vivência experimentada.

Além de proporcionar ao interlocutor uma experiência análoga, apresenta o material produzido ao longo do processo sobre uma nova forma, estabelecendo um código subjetivo para a releitura do material cartográfico, da fotografia e do desenho em uma caixa que traz em si as referências familiares, culturais, espaciais e pessoais.

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