logofau
logocatfg
secao 4!

O morar japonês e o morar brasileiro:

habitação e adaptação na São Paulo contemporânea

Verônica Satie Zukeran

Myrna de Arruda Nascimento

O presente trabalho consiste na sugestão de projeto de habitação de pequeno porte, tomando como parâmetro alguns partidos e soluções utilizadas na arquitetura contemporânea japonesa. O Japão foi o país escolhido, entre outras razões, pelo histórico de recorrência do assunto habitação de pequeno porte em sua arquitetura, seja por questão de restrição espacial, seja por questões culturais. Para melhor entendimento da habitação japonesa, foi feito um panorama da evolução da arquitetura japonesa até os dias atuais, comprovando que a arquitetura japonesa ficou praticamente inalterada por um longo período até a abertura de seus portos e a “infiltração” da cultura ocidental em seus costumes. E que a propagação da habitação de pequeno porte ocorreu após o grande terremoto de 1923, na região de Kanto (leste do Japão) – que exigiu uma rápida reação do governo para realocar as pessoas que ficaram desalojadas com a devastação provocada pelo terremoto. E também após o fim da II Guerra Mundial – que deixou um Japão devastado e com poucos recursos financeiros e construtivos.

Para o projeto, foram analisadas 2 obras contemporâneas: Moriyama House, do arquiteto Ryue Nishizawa e Static Quarry, do escritório Ikimono Architects, tendo como arquiteto responsável Fujino Takahashi. Dessa análise foram identificados os partidos utilizados em cada obra, muitos deles semelhantes entre si e entre outras obras contemporâneas. Foram adotados para o desenvolvimento do projeto, principalmente os que tratavam da relação interpessoal e de soluções de sensação de ampliação do espaço interno.

O resultado final consiste em uma vila localizada na zona oeste de São Paulo, na esquina das vias: Av. Corifeu de Azevedo Marques e Av. Vital Brasil, num terreno de aproximadamente 737,50m². A vila é composta por 6 unidades habitacionais, com diferentes programas de necessidades, variando de 68m² a 132m² e com uma ampla área de convivência para os moradores. Devido aos partidos adotados o projeto sugere um modo de viver que, apesar de manter a privacidade de cada morador, incentiva o convívio, o contato com os outros moradores e também a noção de coletividade. E, cada unidade, individualmente, propõe a ampliação do ambiente interno integrando o ambiente externo.

slideshow image

If you can see this, then your browser cannot display the slideshow text.

 

topo