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secao 4!

Centro de Visitantes da APA Capivari-Monos

Luciana de Almeida Siqueira

Ana Claudia Barone

TEMA

Para desenvolver meu TFG escolhi a região da Área de Proteção Ambiental (APA) do Capivari-Monos. Localizada no extremo sul do município de São Paulo. Abrange o distrito de Engenheiro Marsilac e parte do distrito de Parelheiros, totalizando uma área de 261km2, aproximadamente um sexto do município. A APA concentra a bacia hidrográfica dos rios Capivari e Monos, além de parte das represas Billings e Guarapiranga, mananciais importantes para o abastecimento do município de São Paulo e parte da baixada Santista. Além dos rios, o território é coberto por um trecho da Mata Atlântica relativamente preservado que abriga grande bio-diversidade. A região é cortada pelo ramal Mayrink-Santos da antiga Estrada de Ferro Sorocabana, ao longo do qual existem vilas e edificações de importância histórica.

A região vem sendo ameaçada por uma ocupação urbana predatória e desordenada, com loteamentos clandestinos sem a infra-estrutura urbana necessária para um assentamento responsável. Atualmente, sessenta mil pessoas moram ali, entre comunidades urbanas, rurais e três reservas indígenas (Kurutucu, Morro da Saudade e Rio Branco) imersas num quadro gravíssimo de exclusão social. A região apresenta os piores índices pobreza, mortalidade infantil e analfabetismo do município de São Paulo e, no entanto, um dos maiores índices de crescimento anual de população.

O objetivo de criação da APA Municipal do Capivari-Monos, aprovada pela Prefeitura em junho de 2001, é conter a degradação ambiental e proteger as cabeceiras dos mananciais através de propostas de desenvolvimento social e econômico de forma equilibrada e ambientalmente sustentável. Após dez anos de sua criação, a APA Capivari Monos ganhou seu Plano de Manejo, documento que também foi referência para a elaboração deste trabalho.

O ecoturismo é a principal alternativa para o desenvolvimento sustentado da região, pois é uma atividade que promove a consciência da proteção do meio ambiente gerando receita financeira para as comunidades locais. Vale dizer, é uma atividade econômica capaz de conviver com a proteção ambiental ao mesmo tempo que promovendo empregos para as áreas urbanizadas. A região possui grande potencial devido a seus rios de águas cristalinas, trilhas que levam a cachoeiras, além de um valioso bem histórico, urbanístico e cultural que é o patrimônio da ferrovia e as construções adjacentes.

OBJETIVO

Com o objetivo de propiciar ao morador da metrópole a possibilidade de visitar a região, pretendo que meu TFG também contribua para o desenvolvimento sustentado da região na medida em que possa se converter em um novo paradigma da própria ocupação do espaço sob condições ambientais drásticas. Creio que o aproveitamento do potencial turístico depende da recuperação dessas edificações bem como a reativação do ramal ferroviário, atualmente abandonado, que liga as ferrovias ativas esmeralda da CPTM com a Mairinque-Santos, possobilitando o acesso à estação Evangelista de Souza, que atualmente é o principal ponto de partida para as trilhas e cachoeiras.

PROGRAMA

centro de informações
área de exposições
loja
restaurante
lanchonete
área de piquenique
hospedagens
banheiros
vestiários
posto de fiscalização
ambulatório
passarela
serviços
parede de escaladas (usina)
estrutura de treinamento de rapel
banheiros do centro esportivo
local de aluguel de equipamentos
lanchonete do centro esportivo
administração
depósito
áreas técnicas

ÁREA DE INTERVENÇÃO E PROJETO

Ladeando a Linha de trem, numa linha de 1km de extensão, situam-se os três setores de intervenção:
Setor 1: Estação de Trem Evangelista de Souza: a proposta de restauro, mantendo suas características primitivas, e resgatando sua função original - embarque e desembarque de passageiros.
Setor 2: Vila Operária e Pátio de Manobras: adequação das construções existentes ao programa de necessidades do centro de visitantes, que será completado com a adaptação de vagões de trem de carga
abandonados no local
Setor 3: Usina de Rebaixamento de Tensão: será transformada num centro esportivo.
O trem será o único meio de acesso do visitante ao local. Além, claro dos meios não motorizados, como a bicicleta.
As estradas existentes devem ter uso restrito a funcionários, manutenção e emergências.

Pretendemos considerar no mesmo cenário, a possibilidade de implantação de uma linha de trem de passageiros, ligando a cidade de são paulo ao litoral santista, servindo como alternativa de transporte ao sistema rodoviário Imigrantes-Anchieta, tão sobrecarregado hoje, e que vemos colapsando a cada dia.
Esta proposta, hoje, seria vetada pelo plano diretor de são paulo, pois é considerada como indutora de ocupações irregulares.

REUTILIZAÇÃO DE VAGÕES

O uso dos vagões valoriza o patrimônio histórico e cultural da ferrovia, e aproveita um material que hoje é sucata abundante na região: trilhos, dormentes de madeira, e, o vagão de carga. No reaproveitamento dos vagões serão mantidas suas características intrínsecas e aparência externa. Apesar de projetado originalmente para transporte de carga, o vagão tem proporções humanas, mas e preciso adequá-lo ao uso das pessoas, proporcionando conforto acústico, térmico e ventilação adequados.

SOLUÇÕES TÉCNICAS

Térmica:
A solução adotada será revestir internamente com placas de acabamento, e material isolante aplicado entre as mesmas e a caixa metálica externa, criando uma massa separadora do fechamento principal (chapa de aço externa). mantendo externamente a sua aparência original.

Acústica:
A fim de reduzir o nível de ruídos de impacto e externos, trataremos internamente a cobertura do vagão com material fonoabsorvente.
para reduzir as vibrações recomendaremos a aplicação de material resiliente entre as rodas do trem e o piso/trilho onde estiver apoiado.

Ventilação:
O revestimento do piso deve permitir que as tremonhas, aberturas laterais no piso, utilizadas originalmente par escoamento dos grãos, tenham agora a função de entrada natural de ar, e as ecotilhas do teto, exaustão, crindo uma circulação de ar convectiva no interior do vagão. Com sistema de fixação da escotilha na posição semi-aberta, de forma a permitir a ventilação, mas proteger da chuva e do sol.

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