logofau
logocatfg
secao 4!

Infraestrutura de drenagem e áreas verdes na bacia do Córrego Ponte Alta

Mariane Takahashi Christovam

Maria de Lourdes Zuquim

Taboão da Serra, município situado na região metropolitana de São Paulo, até alguns anos atrás enfrentava no período de chuvas o problema das enchentes, até que recentemente, após a realização do Plano Diretor de Macrodrenagem do Alto Tietê, no final dos anos noventa e meados dos anos dois mil, foram feitas intervenções como canalizações e a construções de reservatórios de retenção, os chamados piscinões. Localizado junto à bacia do córrego Pirajuçara, o município possui, em seus limites e arredores, seis reservatórios construídos e um em obras.

Assim como São Paulo e muitos outros municípios, Taboão da Serra também passou por processo de urbanização sem planejamento do território e hoje se mostra bastante urbanizado e adensado. Somado a isso, existe uma deficiência de áreas verdes na região, que são poucas, muitas vezes residuais e não possuem usos previstos, além de apenas uma pequena porção ser voltada para o usufruto de seus moradores. O fato de ter o solo impermeabilizado dificulta a drenagem e agrava a situação do problema.

Pode-se dizer que os reservatórios, apesar de não tratarem da fonte do problema, sanaram o transtorno das enchentes na época de chuvas na região. Porém, representam áreas de grandes proporções que não preveem outros usos que não sejam a drenagem e que poderiam, mediante projeto, proporcionar novos usos, como lazer para a população.

Foi através dessa observação que se iniciou o questionamento do modo que é planejada a drenagem urbana. Seria este o único ou o melhor cenário viável para solucionar o problema das enchentes ou haveria outras formas melhor articuladas e integradas com a cidade de tratar as águas urbanas?

Desta maneira, a fim de entender melhor a lógica atual da drenagem aplicada no município e estudar alternativas para essa situação, este trabalho pretende abordar o tema da infraestrutura de drenagem e áreas verdes do município de Taboão da Serra e seu entorno, através do estudo da hidrografia, meio físico e infraestrutura de drenagem. E, a partir da análise da situação atual dos córregos e áreas verdes, apresenta-se uma proposta de intervenção para a região da bacia do córrego Ponte Alta, localizado na bacia do Pirajuçara, visando um cenário alternativo para a melhoria da infraestrutura de drenagem e ampliação das áreas verdes e seu uso pela população.

A partir disso, iniciou-se um estudo de alternativas para a drenagem urbana, chegando às técnicas compensatórias de drenagem, que são dispositivos de drenagem que tentam compensar os efeitos da urbanização antes que a água precipitada chegue à rede pública de drenagem. Assim, diferentemente do sistema tradicional de drenagem, as técnicas compensatórias atuam de forma “preventiva” em relação às enchentes, pois atuam diretamente na fonte, ajudando a controlar o escoamento, en-quanto que o sistema clássico lida com a água pluvial de maneira “corretiva”, pois lida com a água pluvial já escoada, quando esta já atingiu a rede de drenagem e é conduzida, o mais rápido possível, para fora do meio urbano, através de condutos, canalizações, etc.

Optou-se trabalhar com a unidade da bacia do Córrego como um todo, realizando análise da área compreendida nesse perímetro. Por meio dessas análises, percebeu-se que a região apresentava poucos equipamentos de lazer e esportes, áreas verdes instituídas e que o córrego encontrava-se muito pouco integrado com a paisagem urbana.

Após análise da região, foram propostas intervenções ao longo do córrego, como a destamponação e de descanalização ao longo de seu curso, para que o córrego volte a fazer parte da paisagem urbana e sirva como elemento de conexão entre as áreas verdes existentes. Além dessas intervenções, foram determinadas áreas de intervenção para maior detalhamento, são ao todo seis áreas de intervenção.

As áreas um e dois são áreas predominantemente residenciais, que ainda não possuem infraestrutura de pavimentação e microdrenagem. Para essa área foram propostas técnicas compensatórias como as trincheiras de infiltração e o pavimento permeável, que são estruturas que permitem armazenamento temporário da água pluvial escoada para seu interior, que também infiltram (no caso da trincheira), fazendo com que a água retorne ao aquífero. Assim, esses dispositivos propostos tendem a diminuir o volume de água escoado, contribuindo para a prevenção de enchentes.

A área três é um terreno determinado como área de preservação ambiental, pelo próprio plano diretor, no qual é incentivado a criação de um Parque Central. Seguindo esse incentivo, foi proposto um parque para essa área, contendo um conjunto de piscinas, para a prática esportiva e para recreação, e um conjunto de quadras poliesportivas, que funcionam como tanque de retenção, detendo a água durante certo tempo e contribuindo para a redução do pico de cheias.

A área quatro é uma área na qual encontram-se habitações situadas sobre leito do córrego, representando uma ameaça para as próprias famílias que ali residem, já que qualquer alteração do nível da água, as habitações, ou até mesmo a vida de seus moradores, podem ser facilmente prejudicadas. Desta forma, foi proposta a remoção dessas famílias, dando lugar a uma área verde, que serviria como área de preservação do curso d’água e daria continuidade ao Parque Central, extendendo-se em um parque linear, ao longo do Córrego Ponte Alta. Desta maneira, seria maior a conexão entre as áreas verdes existentes e as áreas verdes propostas.

As áreas cinco e seis são áreas industriais, para as quais foram feitas sugestões de intervenção para os lotes e para o poder público (como medida não estrutural), já que as áreas industriais representam grandes áreas impermeabilizadas, geralmente planas e com extensas coberturas, o que possibilita a captação de águas pluviais por meio das coberturas e reuso da água pluvial captada, por exemplo. Também poderiam ser aplicadas outras possibilidades que podem contribuir para a drenagem da bacia como um todo, como a aplicação de trincheiras de infiltração, tanques de retenção, pavimento permeável reservatório.

Taboão da Serra, município situado na região metropolitana de São Paulo, até alguns anos atrás enfrentava no período de chuvas o problema das enchentes, até que recentemente, após a realização do Plano Diretor de Macrodrenagem do Alto Tietê, no final dos anos noventa e meados dos anos dois mil, foram feitas intervenções como canalizações e a construções de reservatórios de retenção, os chamados piscinões. Localizado junto à bacia do córrego Pirajuçara, o município possui, em seus limites e arredores, seis reservatórios construídos e um em obras.

Assim como São Paulo e muitos outros municípios, Taboão da Serra também passou por processo de urbanização sem planejamento do território e hoje se mostra bastante urbanizado e adensado. Somado a isso, existe uma deficiência de áreas verdes na região, que são poucas, muitas vezes residuais e não possuem usos previstos, além de apenas uma pequena porção ser voltada para o usufruto de seus moradores. O fato de ter o solo impermeabilizado dificulta a drenagem e agrava a situação do problema.

Pode-se dizer que os reservatórios, apesar de não tratarem da fonte do problema, sanaram o transtorno das enchentes na época de chuvas na região. Porém, representam áreas de grandes proporções que não preveem outros usos que não sejam a drenagem e que poderiam, mediante projeto, proporcionar novos usos, como lazer para a população.

Foi através dessa observação que se iniciou o questionamento do modo que é planejada a drenagem urbana. Seria este o único ou o melhor cenário viável para solucionar o problema das enchentes ou haveria outras formas melhor articuladas e integradas com a cidade de tratar as águas urbanas?

Desta maneira, a fim de entender melhor a lógica atual da drenagem aplicada no município e estudar alternativas para essa situação, este trabalho pretende abordar o tema da infraestrutura de drenagem e áreas verdes do município de Taboão da Serra e seu entorno, através do estudo da hidrografia, meio físico e infraestrutura de drenagem. E, a partir da análise da situação atual dos córregos e áreas verdes, apresenta-se uma proposta de intervenção para a região da bacia do córrego Ponte Alta, localizado na bacia do Pirajuçara, visando um cenário alternativo para a melhoria da infraestrutura de drenagem e ampliação das áreas verdes e seu uso pela população.

A partir disso, iniciou-se um estudo de alternativas para a drenagem urbana, chegando às técnicas compensatórias de drenagem, que são dispositivos de drenagem que tentam compensar os efeitos da urbanização antes que a água precipitada chegue à rede pública de drenagem. Assim, diferentemente do sistema tradicional de drenagem, as técnicas compensatórias atuam de forma “preventiva” em relação às enchentes, pois atuam diretamente na fonte, ajudando a controlar o escoamento, en-quanto que o sistema clássico lida com a água pluvial de maneira “corretiva”, pois lida com a água pluvial já escoada, quando esta já atingiu a rede de drenagem e é conduzida, o mais rápido possível, para fora do meio urbano, através de condutos, canalizações, etc.

Optou-se trabalhar com a unidade da bacia do Córrego como um todo, realizando análise da área compreendida nesse perímetro. Por meio dessas análises, percebeu-se que a região apresentava poucos equipamentos de lazer e esportes, áreas verdes instituídas e que o córrego encontrava-se muito pouco integrado com a paisagem urbana.

Após análise da região, foram propostas intervenções ao longo do córrego, como a destamponação e de descanalização ao longo de seu curso, para que o córrego volte a fazer parte da paisagem urbana e sirva como elemento de conexão entre as áreas verdes existentes. Além dessas intervenções, foram determinadas áreas de intervenção para maior detalhamento, são ao todo seis áreas de intervenção.

As áreas um e dois são áreas predominantemente residenciais, que ainda não possuem infraestrutura de pavimentação e microdrenagem. Para essa área foram propostas técnicas compensatórias como as trincheiras de infiltração e o pavimento permeável, que são estruturas que permitem armazenamento temporário da água pluvial escoada para seu interior, que também infiltram (no caso da trincheira), fazendo com que a água retorne ao aquífero. Assim, esses dispositivos propostos tendem a diminuir o volume de água escoado, contribuindo para a prevenção de enchentes.

A área três é um terreno determinado como área de preservação ambiental, pelo próprio plano diretor, no qual é incentivado a criação de um Parque Central. Seguindo esse incentivo, foi proposto um parque para essa área, contendo um conjunto de piscinas, para a prática esportiva e para recreação, e um conjunto de quadras poliesportivas, que funcionam como tanque de retenção, detendo a água durante certo tempo e contribuindo para a redução do pico de cheias.

A área quatro é uma área na qual encontram-se habitações situadas sobre leito do córrego, representando uma ameaça para as próprias famílias que ali residem, já que qualquer alteração do nível da água, as habitações, ou até mesmo a vida de seus moradores, podem ser facilmente prejudicadas. Desta forma, foi proposta a remoção dessas famílias, dando lugar a uma área verde, que serviria como área de preservação do curso d’água e daria continuidade ao Parque Central, extendendo-se em um parque linear, ao longo do Córrego Ponte Alta. Desta maneira, seria maior a conexão entre as áreas verdes existentes e as áreas verdes propostas.

As áreas cinco e seis são áreas industriais, para as quais foram feitas sugestões de intervenção para os lotes e para o poder público (como medida não estrutural), já que as áreas industriais representam grandes áreas impermeabilizadas, geralmente planas e com extensas coberturas, o que possibilita a captação de águas pluviais por meio das coberturas e reuso da água pluvial captada, por exemplo. Também poderiam ser aplicadas outras possibilidades que podem contribuir para a drenagem da bacia como um todo, como a aplicação de trincheiras de infiltração, tanques de retenção, pavimento permeável reservatório.

Trabalho disponível em: http://issuu.com/mariane.tc/docs/tfg_-_mariane_t_christovam_-_issuu

slideshow image

If you can see this, then your browser cannot display the slideshow text.

 

topo