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secao 4!

Lugares invisíveis

André Bouteiller Kavakama

Daniela Kutschat Hanns

Vemos, mas perdemos a capacidade de reparar.
Certos lugares permanecem invisíveis diante de nós.
Continuarão invisíveis, se assim quisermos.
No entanto, acredito que através da câmera posso reparar novamente.
Fotografá-los é uma forma de lembrar que eles existem.
E que é possível construir sentido, em qualquer lugar que seja.
Busquei no meu trabalho fotografar lugares esquecidos, sujos, abandonados.
Lugares que só puderam ser reparados por alguém que se sentia como eles.
Fotografei lugares da memória.
Fotografei lugares que me olham.
Fotografei lugares invisíveis.

Este trabalho é a extensão do meu espaço mental.

Como se desenvolve?

Um livro-objeto dividido em quatro grupos: apropriações, controle, sonhos e invasões.

O conteúdo dos grupos controle, sonhos e invasões são basicamente fotografias, que deverão ser vistas somente dentro de um ambiente específico.

E qual é então o papel do grupo apropriações?

Introduzir o leitor/espectador aos assuntos presentes na construção deste trabalho. Tão importantes quanto o produto final foram os caminhos pelos quais percorri e os apresento através da apropriação de recortes de livros, imagens de filmes, quadros e fotografias. Complementando essas apropriações, farei breves anotações registradas durante o processo.

O modo como é estruturado assemelha-se à ideia colocada por John Berger sobre o funcionamento da memória, que não segue uma lógica linear: ela funciona radialmente. As folhas soltas permitem o leitor reorganizá-las, de modo a construir outros sentidos.

É uma leitura aberta ao des-entendimento.

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